Desde o momento em que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) decidiu que o seu caminho natural em 2026 era disputar a presidência da República, seus desafios políticos se multiplicaram. Começando por projetar Goiás além do agronegócio, mas como uma referência de modelo inovador na gestão pública, com destaque na segurança pública, educação e saúde. Caiado avaliou, desde o começo do segundo mandato, que uma gestão precisa proporcionar aos cidadãos, uma melhor qualidade de vida ao invés de projetar obras suntuosas, a não ser que fossem prioritárias, caso do Hospital do Câncer, ora em adiantada fase de construção. Mas as circunstâncias políticas exigem mais, muito além de uma gestão aprovada nacionalmente com direito de figurar no pódio dos governadores mais bem avaliados do país. Caiado precisa pintar sua aldeia para ser reconhecido no País, parafraseando o escritor Russo Leon Tostói, autor da genial Guerra e Paz. Caiado precisa mostrar que o processo político em Goiás, principalmente em Goiânia, caixa de ressonância para os 246 municípios é só mais um entre os outros municipios. Mais do que o anúncio que será a ponte entre os pretendentes a disputar a prefeitura da Capital, Caiado sinaliza que quer participar do processo de discussões, mas sem apontar nomes. O governador sabe por antecipação que se fizesse qualquer gesto apontando um favorito, logo iria arrebanhar um monte de críticos em outros partidos, incluindo o Republicanos do prefeito Rogério Cruz. A repercussão seria negativa com reflexos nacional, afinal, o que não faltam são adversários para ‘queimar’ a largada de Caiado nas tratativas com a direita e centro-direita.

Balanço e metas após o Carnaval

Não será surpresa se o governador Ronaldo Caiado reunir a equipe de auxiliares mais próximos, possivelmente ainda esta semana para um balanço nas áreas de saúde, educação e turismo. Caiado deve avaliar o impacto na economia de vários municípios que cancelaram o Carnaval de rua e os reflexos, tanto na saúde quanto financeiro. Assim como na saúde e na educação.

Goste ou não…

…Bruno Peixoto fica maior disputando ou não a Prefeitura de Goiânia. Se ele recuar, significa que será estratégico para a candidatura de Caiado à presidência da República, mas se resolver enfrentar a base caiadista, da qual ele é associado, cacifa como protagonista maior em 2026.

Ronaldo de volta?

Existe um movimento de ex-auxiliares e lideranças de vários partidos para que o ex-prefeito de Alexânia, Ronaldo Queiroz dispute novamente a prefeitura de Alexânia em 6 de outubro. Ex-emedebista histórico, Ronaldo teve altos e baixos em sua gestão em Alexânia, mas seu legado ainda é uma referência como gestor público.

Quadro confuso

Lideranças políticas de Alexânia avaliam que o quadro de pré-candidaturas está confuso e, dependendo das alianças, Ronaldo Queiroz pode vir a disputar novamente a prefeitura.

Zéli nas bases

A deputada estadual por Valparaíso e região, Dra. Zeli Fritsche (União), aproveitou os dias de recesso do Carnaval para visitar aliados. Diferente da maioria das lideranças, Dra. Zeli tem como rotina bater à porta de eleitores e apoiadores para conversar pessoalmente. “Ela não usa intermediários ou assessores para ouvir a população”, diz sua assessoria.

Humberto na ofensiva

Experiente e calejado nos embates políticos eleitorais, o prefeito de Jataí, Humberto Machado (MDB), principal aliado de Daniel Vilela no município, estreitou conversas com o agronegócio que havia se abespinhado com ele por conta da disputa presidencial. Habilidoso, Humberto tem mantido um diálogo permanente com as lideranças em Jataí onde o bolsonarismo é forte e com isso equilibrado o jogo.