Candidatos roem as unhas a cada pesquisa divulgada

A menos de 20 dias para o primeiro turno, o que mais preocupa os candidatos ao legislativo e executivo são os números divulgados pelas pesquisas. Embora seja um “recorte de momento” como justifica os pesquisadores, essa ferramenta é cada vez mais utilizada, mesmo que a estatística de acerto no Brasil nunca ultrapassa 40%. Os números apontam tendências de queda ou crescimento do candidato, mas o cidadão-eleitor tem dado muitas ‘rasteiras’ nas pesquisas. É justamente ai que os ‘mal avaliados’ se apegam em suas narrativas em busca da ‘virada’. Em Goiás, a campanha eleitoral segue modorrenta já que não existe uma polarização e em cada pesquisa divulgada, todos roem as unhas, menos o governador-candidato, Ronaldo Caiado (UB). Em todas as pesquisas divulgadas, ele segue na dianteira e os concorrentes, quando crescem, não chegam a ser uma ameaça que vá fazê-lo ‘roer as unhas’. Tradicionalmente, o dono do voto só tende a se definir para valer na última semana que antecede a busca da urna. Esta é a esperança dos que estão correndo para chegar no segundo turno e evitar uma vitória de Caiado logo no primeiro turno.

Lula em apuros

A Xadrez recebeu do professor, sociólogo, cientista político e um dos maiores especialistas em neurociência comportamental do país, Antônio Lavareda números do relatório Termômetro, divulgado pela Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel)/Ipespe). Alguns dados mostram um cenário que deve estar arrancado os ralos cabelos do candidato a presidente da República e, até agora, favorito nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva. Assim como a pesquisa do Datafolha que 34% se identifica como de direita e centro-direita, a pesquisa Abrapel)/Ipespe apurou que 38% se classificam como de direita e só 28% de esquerda. Ou seja, o segundo turno com Jair Bolsonaro deve levar a maioria dos votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Estes votos são de centro-direita e não votam em Lula.

Ku Klux Klan

Apoiadores de Bolsonaro vão massificar nas redes sociais o fato de Lula dizer que não tinha negro, pardo e trabalhador no 7 de Setembro e que era “uma reunião da Ku Klux Klan”. A resposta de Bolsonaro veio na sexta-feira (9) em seu Twitter que “tais ofensas se tornam ainda mais revoltantes quando são proferidas por quem estava preso por assaltar o mesmo povo que agora ataca, e que está tentando, a todo custo, voltar à cena do crime. É um ex-presidiário xingando aqueles que vivem suas vidas de forma honesta e justa”.

Bom para Bolsonaro

Para o advogado especialista em Direito Eleitoral e consultor de estratégias políticas, Paulo Goyaz, a manifestação de patriotismo e apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 7 de setembro, “ficou claro que os eleitores de 2018 que votaram nele no segundo turno, farão o mesmo agora. Com um detalhe: o contingente dobrou de tamanho”, garante ele.

Pátria e família

A estratégia de Jair Bolsonaro (PL) já está definida: pátria, família e liberdade. Como citado acima, as pesquisas apontam que a maioria dos brasileiros são conservadores e de centro-direita, portanto, o 7 de setembro deve ser divulgado como peça de atração desse cidadão-eleitor.

Matheus e Gustavo Sebba

Entre os tucanos, a dupla de candidatos a deputados do PSDB, Matheus Ribeiro (federal) e Gustavo Sebba (estadual) é tida como favorita. Eles adotaram um discurso contemporâneo e representam a oxigenação do partido, além disso, tem boa interação com a população. A dupla faz dobradinha em vários municípios, principalmente no sudeste do estado.