Caso o FCDF seja reduzido, Goiás pode reivindicar para o Entorno

Desde os governos de Joaquim Roriz (1936-2018), os gestores que o sucederam no Distrito Federal mantêm parcerias com os municípios de Goiás que fazem fronteira com a Capital política do País. Mas essa ‘colaboração’ fica restrita ao bom humor e predisposição do governante do momento. Várias iniciativas, tanto de Goiás como do DF, ficaram restritas às boas intenções. Mas o impasse para soluções duradouras à região pode tomar outro rumo caso o arcabouço fiscal proposto pelo relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), seja aprovado pelo Congresso como está. Pelo texto, o recurso do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) passa a ser fixado anualmente por projeto de lei complementar. Se o GDF ‘perder’ parte desse recurso, alguns prefeitos da região ouvidos pela Xadrez dizem que vão sugerir ao governador Caiado “reivindicar para a nossa região”. A reação de Ibaneis e dos agentes políticos, principalmente deputados e senadores do DF, é se armar para a batalha política no Congresso. “Existe uma determinada perseguição com os recursos que são da nossa cidade. Eu digo sempre que o Fundo Constitucional do Distrito Federal é um aluguel muito barato para a gente receber tanta gente que vem para nossa cidade”, resume Ibaneis. O fato é que haverá muita pressão dos parlamentares brasilienses na manutenção do FCDF. O consenso entre os prefeitos e parlamentares do Entorno é que, “independente do arcabouço fiscal, Caiado corre em busca de solução às demandas da região, principalmente transporte urbano, moradia e infraestrutura”, disse o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão.

Defesa do IVA

A tributarista portuguesa Rita De La Feria, tida entre especialistas no assunto como a “mãe” e, para outros, “padroeira” do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), tem dito em entrevistas que o novo imposto em discussão no Brasil é “amigo das exportações e dos investimentos”. A conferir.

É só política

Fazem parte da vida partidária conversas políticas e especulações quando lideranças em campos opostos se aproximam. Esse é o caso do vice-governador e presidente do MDB, Daniel Vilela, em relação ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). De acordo com pessoas próximas ao vice, não há óbice em conversar com o prefeito. “É do jogo politico.”

PSD esfriou

O anúncio de que o senador Vandarlan Cardoso assume o PSD de Goiás em junho tirou a sigla da mídia e esfriou as discussões sobre candidaturas a prefeito no interior. O “Homem das Emendas”, como foi apelidado Vanderlan, está mais focado no Congresso do que na vida partidária.

Forte lá fora

No cenário do Congresso, onde Vanderlan passa mais tempo do que cuidando da ‘paróquia partidária’, o PSD é forte. A sigla conta com 16 senadores — é a maior bancada da Casa — e 43 deputados federais. Em Goiás são 15 prefeitos, um deputado federal e dois estaduais.

Baldy na Ocidental

Nesta quinta-feira (18), o presidente do PP e da Agehab, Alexandre Baldy, acompanhado do prefeito de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa, entregou aos moradores beneficiados 112 apartamentos construídos pelo programa “Pra Ter Onde Morar”, do Governo de Goiás.

Gleisi é contra

As “cotas eleitorais” foram aprovadas por iniciativa dos partidos de esquerda. Mas agora a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), é a favor de rever a lei para “constitucionalizar as cotas eleitorais”. Todos os partidos são a favor do perdão das pesadas multas do TSE, pois, na prática, poucos conseguiram cumprir a legislação. (Especial para O Hoje)