CEI da Comurg pode virar problema para o Republicanos nacional

Até então, a Comissão Especial de Inquérito (CEI), da Câmara de Vereadores de Goiânia, se restringia a ouvir os modorrentos depoimentos de convocados pela comissão, mas ao sair à cata do chamado “Grupo de Brasília” provocou um reboliço político no Republicanos nacional. Se realmente a CEI revelar algum deslize cometido pelos mandatários do Distrito Federal no assessoramento ao prefeito Rogério Cruz, atinge por tabela o presidente nacional da legenda, deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira. Por mais distante que ele esteja dos problemas paroquiais, não tem como negar que o aval para “ajudar o Republicanos goiano” partiu dele. Até aí, nada de novo no front político. No entanto, se a CEI encontrar pelo menos “um beicinho de pulga” que possa ‘sangrar’ o prefeito e seu partido, o cenário de 2024 muda. Para pior. Desde que foi instalada, é a primeira vez que uma notícia negativa atravessa o Rio Meia Ponte e bate à porta do Republicanos nacional. Veio pelo portal “Diário do Poder”, na coluna de Cláudio Humberto. A repercussão já chegou aos ouvidos do presidente da legenda no País, deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira. Na avaliação de observadores mais atentos, a ponta do novelo que enrola o prefeito Rogério Cruz tem dedo de Brasília. Diante de um quadro rocambolesco como este, cabem duas teses: a primeira, dependendo do resultado da CEI, ‘limpa’ Rogério Cruz ou afunda ele de vez; a segunda pode resgatá-lo numa espécie de “carta de boas intenções” em que atesta mais acertos do que erros. Se conseguir dar a volta por cima, volta ao leito natural de candidato à reeleição com chances.

O erro foi expurgar o MDB

Como diriam os políticos mais antigos: tudo que começa errado tende a dar errado sempre. A título de avivamento de memória, ao expurgar o MDB da gestão desenhada por Maguito Vilela e não ter quadros à altura para substituir experientes gestores e políticos, Rogério Cruz ficou literalmente à mercê dos predadores da ‘bolsa da viúva’ chamada Prefeitura de Goiânia.

Caiado e a grama

O governador Ronaldo Caiado age como as gramas nas tempestades: por mais que seja açoitado pela força das águas chuvosas, a grama apenas deita e, assim que cessa a água, ergue novamente, ao contrário das grandes árvores que, dependendo da força dos ventos, vêm ao chão com suas grandes raízes.

Liderar sem impor

Muitos esperavam que Caiado fosse jogar damas, mas ele continuou jogando xadrez. Só que com o STF. Afinal, o embate era judicial e não com o agro ou o setor de mineração. Não polemizou ou emitiu sinal de fumaça ou fogo contra seu DNA político, ou seja, o agronegócio.

Firme com FPA

Na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Caiado se posiciona enquanto governador condenando as invasões de terras. Discorreu sobre o que tem feito pela segurança no campo por meio de inteligência policial e policiamento ostensivo do Batalhão Rural nos municípios.

Exemplo ao País

Para a vice-presidente da FPA para o Centro-Oeste, deputada federal Marussa Boldrin (MDB), foi simbólica a presença de Caiado, nesta terça-feira (25), em Brasília. “Vamos usar Goiás como referência de proteção às propriedades rurais com as medidas implantadas pelo governador Caiado.”

Alô, Equatorial!

Leitores do O HOJE em Jataí enviaram mensagens reclamando das constantes quedas de energia no município, principalmente em fazendas onde têm tanques para resfriamento de leite. “Na cidade também”, conta o ex-vereador Major Davi Leite. (Especial para O Hoje)