Centrão cada vez mais longe de Lula e próximo de Tarcísio
O presidente Lula está como um grande bloco de gelo que se descolou do Ártico, desliza sob as ondas geladas do mar político e se distancia cada vez mais do centro que o levou ao Palácio do Planalto em 2022. Em meio à deriva, segue os movimentos das ondas em mar aberto simbolizado pela disputa presidencial de 2026. Pode ser que ele vá ao encontro do ‘Titanic’ da direita e seus passageiros dispostos a destruir o ‘Iceberg Lula’, mas, diferente da história real do Titanic, Lula pode derreter antes de afundar o transatlântico da direita.
Pelos cálculos de líderes de oposição, o Centrão se distancia do líder da esquerda e se aproxima do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Isto porque, mesmo sem declarações públicas, as derrotas impostas pelo Senado e Câmara Federal aos interesses do mandatário de turno são sinais de fumaça de que a direita e o centro estão pintados para a guerra. Soma-se à insatisfação da maioria dos Congressistas com os rumos do governo Lula 3 o fato de que, sem Jair Bolsonaro para polarizar e o ‘inimigo imperialista’ representado por Donald Trump para alimentar as narrativas da esquerda, o presidente não se sustenta politicamente só com “bolsa tudo”.
Na avaliação da maioria dos congressistas, Lula se isolou do Centrão e buscou abrigo no passado do PT, onde não se permitia nenhum parlamentar que não fosse de esquerda para a aliança eleitoral. Hoje, PSol, PSB, PDT, Rede, entre outros menos cotados, foram abraçados por Lula e, diante desse quadro, dificilmente ele conseguirá repetir 2022. A derrota sofrida com a derrubada dos vetos da Lei de Licenciamento Ambiental mostra o grau de distanciamento do Congresso com o Planalto. Outra derrota ruim para o governo Lula pode ser lida com a retomada de parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que havia sido vetada pelo Planalto. A vida de Lula pode ficar mais difícil.
Daniel e Celina unidos por Goiás e DF
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), foi agraciada nesta quinta-feira (27), na Alego, com a Medalha Pedro Ludovico Teixeira. A proposta é do deputado estadual Virmondes Cruvinel Filho (União Brasil). Celina agradeceu dizendo que “é uma honra muito grande estar na mesma sessão solene que os auditores fiscais externos [dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios], que executam um trabalho muito importante de integralidade”. “Recebo com muita honra essa medalha que toca minha história, minha identidade e meu coração.” O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), prestigiou a solenidade e, assim como Celina, é pré-candidato a governador em 2026. Os dois conversaram rapidamente, mas o assunto principal foi a integração entre Goiás e o DF.
Paixão pelo Entorno
Daniel Vilela tem muito em comum com Celina além do fato de serem goianos: paixão pelo Entorno do Distrito Federal. O vice de Ronaldo Caiado tomou gosto pela região. Só neste mês de novembro completa 11 agendas nas cidades do Entorno. Da mesma forma, Celina Leão é constantemente convidada para eventos nos 10 municípios que fazem divisa com o DF, em demonstração de sintonia com as lideranças políticas de Goiás e Entorno (mais informações na página 6).
Wilder e Ana Paula
O senador Wilder Morais (PL) visitou a curadora do Memorial Iris Rezende, a empresária Ana Paula, filha de Iris e Dona Iris. “Quero agradecer imensamente pelo seu carinho, pelo apoio e por esse gesto de reconhecimento à história do nosso grande líder, Iris Rezende”, resumiu Ana Paula. Wilder parabenizou pelo espaço e frisou que será um local para preservar a história de um grande líder. “Iris foi um dos homens mais brilhantes da política goiana e uma referência para todos nós como gestor público.”
De volta para casa
Marconi Perillo finalmente pode dedicar mais tempo à sua caminhada rumo ao Palácio das Esmeraldas em 2026. Nesta quinta-feira (27), ele entregou o comando do PSDB nacional ao deputado federal Aécio Neves (MG). Na avaliação do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (REP-PB), Marconi foi decisivo para recuperar a credibilidade da legenda. “O PSDB volta a ocupar um espaço de equilíbrio e responsabilidade graças ao trabalho conduzido por Marconi. Ele reabriu diálogos, aproximou lideranças e recolocou o partido no centro do debate político”, disse Motta.
Preso, humilhado e sem salário – O calvário do ex-presidente Jair Bolsonaro está só começando, bem diferente de outros presos políticos de esquerda, que foram anistiados e ainda aposentados com generosas pensões vitalícias. Bolsonaro perde o salário de R$ 42 mil que recebia do PL.