Ciro Nogueira desiste de ser vice, e Michelle Bolsonaro ganha força nas especulações
A política é compreendida como a arte de mediar conflitos por meio do diálogo, construir pontes que levam ao bem comum e a ferramenta mais eficaz para se conquistar o poder. Esta constatação óbvia, o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI) exercita cotidianamente. Não é à toa que ele está entre as lideranças políticas mais respeitadas e consultadas do País. Experiente e hábil em estratégias eleitorais, sempre está na linha de frente de negociações, por isso seu nome aparece em todas as especulações quando o assunto é eleição.
Com a polarização entre direita e esquerda, a mídia o cita como postulante à vaga de vice-presidente na chapa encabeçada por um dos candidatos da direita. No entanto, em entrevista ao Podcast do Estadão, disse que avisou Jair Bolsonaro que não aceitará ser vice em nenhuma chapa da direita. Vai dedicar mais à sua reeleição para senador do Piauí. “Tudo o que eu falava, estavam desvirtuando porque diziam que eu queria ser vice”. Diante dessa desistência, quem sobe de cotação para ser vice é a presidente do PL Mulher nacional, Michelle Bolsonaro.
Para analistas que conhecem Bolsonaro, ele resiste em permitir que Michelle entre numa candidatura majoritária, mas diante da fragmentação da direita com o iminente encarceramento do ex-presidente, fica difícil um candidato da direita menosprezar esse capital de votos. Com ela na vice, o problemático filho 03, Eduardo Bolsonaro, por ora autoexilado nos EUA, pode refluir seus ataques a outros candidatos da direita. Seus apoiadores defendem que ele seja o ‘herdeiro’ do bolsonarismo, mas existe uma grande resistência ao clã na cabeça de chapa. Michele como vice seria mais palatável.
Divergências na UP seria um dos motivos
No meio político a repercussão da desistência de Ciro Nogueira em pleitear a vaga de vice, teria sido motivada por ciúmes políticos. Ciro, além de hábil articulador, é o presidente da União Progressista (UP), sigla da fusão entre União Brasil e Progressistas. Por conta de divergências com o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) e a resistência de deputados em ter candidatura própria e outros por não querer largar o osso no governo Lula, Ciro jogou a toalha e vai focar em sua reeleição no Piauí
Potencial da direita
O potencial do campo da direita e centro-direita, tem força suficiente para derrotar o presidente Lula em 2026. O problema é que está pulverizada em quatro pré-candidatos e ainda tem o filho de Bolsonaro, deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL) se esforçando para implodir a aliança. O senador Ciro Nogueira trabalhava para reforçar a pré-candidatura do governador de São Paulo a presidente da República, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele defende que a União Brasil, PP e Republicanos, aglutina maior força eleitoral.
Os antilulismo
Os governadores e prováveis candidatos a presidente da República, Tarcísio de Freitas (REP-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (UB-GO) e Romeu Zema (Novo-MG), consolidaram o conceito de ‘atilulismo’. Qualquer um deles que for escolhido para enfrentar Lula, representa a outra face da polarização direita e esquerda.
Goiás vai bem
A Coluna Política do jornal O Estado de S. Paulo, publica que Goiás está entre os três estados com maior liberdade econômica para empreender. “O Índice Mackenzie que afere essa condição considera gastos do governo, tributação e regulação no mercado de trabalho. Num indicador até 10, a média nacional foi 5,10. SP, GO e ES marcaram acima de 6 pontos”.
Herdeiro de JK
Márcia Lemos Kubitschek de Oliveira (1943-2000), filha do fundador da Capital dos brasileiros, Brasília, Juscelino Kubitschek (1902-1976) e vice-governadora do DF de 1991 a 1995, 30 anos depois, surge um sobrenome Kubitschek com pretensões políticas. Trata-se do jovem André Kubitschek, filho do empresário e presidente do PSD regional Paulo Octávio. Atualmente é secretário da Juventude do governo Ibaneis e uma das promessas para deputado federal em 2026.
Candidato do partido – O Supremo deve logo concluir o julgamento que discute candidaturas avulsas. Se for aprovado, o candidato pode disputar o cargo sem passar por convenção. Em 2022 a fórmula foi testada em Goiás, com vários candidatos ao Senado e Wilder Morais (PL) conquistou a única vaga com 799.022 votos.