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Coluna Xadrez: Iris reafirma afastamento sobre debate para 2018

Publicado por: Lucas de Godoi | Postado em: 14 de agosto de 2017

Iris reafirma
afastamento sobre debate para 2018

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), recebeu nas
edições dos mutirões nos bairros as visitas dos pré-candidatos da oposição ao
governo do estado para 2018: o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado
federal Daniel Vilela (PMDB), mas continua com a decisão de evitar o debate sobre
a eleição do ano que vem e sequer manifesta apoio a qualquer nome. Perguntado
sobre as chances de Daniel se consolidar como candidato, Iris foge de respostas
definitivas, ao menos por enquanto. “Eu não estou me envolvendo com essas
questões agora, porque no momento em que eu me envolver eu vou deixar de
prestar mais atenção na administração que está a exigir de mim tempo integral.
Não tenho descansado e tenho dito: tudo tem seu tempo”, afirma o prefeito
reafirmando que não vai fugir do debate no próximo ano. “O deputado Daniel é o
presidente do nosso partido e não pode deixar de movimentar esse partido,
conclamando as lideranças de todos os municípios para o trabalho pensando na
eleição”, destaca.

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Impasse

O prefeito ainda avalia as dificuldades para garantir o
repasse de recursos da Caixa Econômica Federal para a continuidade das obras do
BRT Norte-Sul, paradas pela terceira vez.

Responsabilidade
petista

“Estou lutando. Não fui eu quem criou esse problema. Eu não
fui o autor desse projeto, não foi na minha administração que se realizou a
licitação, que se assinou o contrato ou que se deu início à obra”, aponta Iris
Rezende.

Marconi considera
corrida ao Planalto

O governador Marconi Perillo (PSDB) considerou em entrevista
à revista Veja a possibilidade de buscar a presidência da República em 2018 e
cobrou que o projeto nacional do PSDB não passe apenas por São Paulo. Segundo o
governador, nomes como o do prefeito de São Paulo, João Dória, e do governador
paulista, Geraldo Alckmin, representam ótimos quadros para a corrida, mas
outros devem ser considerados. Perguntado se poderia disputar, Perillo confirma:
“Eu poderia. O Beto Richa poderia. Mas esse assunto não está sendo discutido
agora. Meu projeto é concluir bem o meu mandato. O que eu digo é que um projeto
de partido como o nosso não pode se resumir só a São Paulo. Todos terão de ser
ouvidos”. Marconi ainda respondeu qual deve ser o discurso do partido sobre o
combate à corrupção e o envolvimento de tucanos em denúncias. “O partido
apoiará todas as investigações em Brasília, nos estados e nos municípios.
Também defenderá que as apurações sejam rigorosas e que não sejam feitos pré-julgamentos”.

Autocrítica

Além de criticar a falta de discussão interna sobre inserção
em vídeo em que a direção do PSDB admite erros e propõe uma autocrítica,
Marconi foi questionado sobre o cenário regional; inclusive sobre o retorno de
Demóstenes Torres (PTB).

Chance real

“Se o Demóstenes tiver condições de ser candidato, ele será
candidato. Ele já disse que deseja voltar e certamente terá adeptos e eleitores.
E terá chance de ser eleito”, define o governador.

Votou em quem?

A pouco mais de um ano das eleições, os brasileiros
manifestam rejeição generalizada à classe política e ao atual modelo de
governo. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem
representados pelos políticos em quem já votaram.

Democracia ameaçada

A onda de negativismo contamina até a percepção dos
eleitores sobre a própria democracia: só metade da população considera que esse
é o melhor regime para o Brasil, e um terço afirma que não é. Preocupante.

Sistema próximo

Diferente do regime, o sistema brasileiro está mais próximo
de ser alterado. O atual presidencialismo deve se aproximar mais do
parlamentarismo. Michel Temer disse que está disposta a fazer um “teste”.

Como seria

Deve ser realizada campanha em favor de uma PEC para adotar
o parlamentarismo a partir de 2019, contendo uma “cláusula de transição” que
permita instalar o novo sistema no fim do ano que vem.

Quem manda

A ideia de nomear um primeiro-ministro no segundo semestre
de 2018, caso o Congresso aprove a PEC, tem sido discutida. A estratégia é bem
aceita por dirigentes do PMDB, mas encontra resistências no PSDB.

Ainda não

“O parlamentarismo está no nosso programa, mas não achamos
que isso seja solução para 2018, quando teremos eleições”, disse o presidente
do PSDB, Tasso Jereissati. “Queremos preparar o caminho para 2022”, completou.