O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

domingo, 24 de novembro de 2024

Com corte de despesas correntes, superávit triplica no 1º bimestre

Os resultados de um único bimestre podem não dizer muito sobre como deverá ser o restante do ano fiscal, mas podem sugerir os caminhos que a administração estadual planejou seguir daqui até o final de 2024, com eleições municipais adiante e uma campanha presidencial já antecipadamente deflagrada. Um roteiro que poderá ainda sofrer alterações, caso […]

Os resultados de um único bimestre podem não dizer muito sobre como deverá ser o restante do ano fiscal, mas podem sugerir os caminhos que a administração estadual planejou seguir daqui até o final de 2024, com eleições municipais adiante e uma campanha presidencial já antecipadamente deflagrada. Um roteiro que poderá ainda sofrer alterações, caso sobrevenham surpresas maiores – como uma indesejável desaceleração das receitas, a exemplo do cenário observado em março último.

Segundo a edição mais recente do relatório resumido da execução orçamentária estadual, já disponível no portal Goiás Transparente, o governo optou, nos dois primeiros meses deste ano, por aplicar um arrocho nas despesas correntes, excluídos gastos com a folha de pessoal, e acelerar fortemente o investimento, mais do que triplicando, ao mesmo tempo, o chamado superávit primário – a diferença entre receitas e despesas, sem incluir gastos com juros e amortizações.

O desempenho das receitas primárias, turbinadas pelas transferências correntes, pela arrecadação própria de impostos e contribuições e por receitas do regime próprio da Previdência Social (RPPS, o sistema previdenciário dos servidores estaduais), favoreceu os resultados positivos acumulados no primeiro bimestre. Na soma total, o Estado registrou a entrada de praticamente R$ 6,834 bilhões no primeiro bimestre deste ano, diante de uma receita primária próxima a R$ 6,041 bilhões nos mesmos dois meses de 2023, resultando em um ganho de R$ 792,300 milhões em valores arredondados, com alta nominal de 13,11% no período (sem descontar a inflação).

Despesa estagnada

As despesas primárias totais pagas, incluindo restos a pagar processados e não processados também pagos e excluídos juros e amortizações, virtualmente não saíram do lugar, flutuando de R$ 5,753 bilhões para R$ 5,756 bilhões entre os dois meses iniciais do ano passado e igual intervalo deste ano. Apenas para dar números mais detalhados, a variação ficou limitada a 0,05%, correspondendo a um acréscimo modestíssimo de R$ 2,701 milhões. Como mostram os dados, as receitas superaram as despesas, sempre no conceito primário, por uma diferença muito próxima a R$ 1,078 bilhão em apenas dois meses (lembrando que o resultado primário acumulado nos 12 meses do ano passado havia se aproximado de R$ 1,830 bilhão). Na comparação com os dois primeiros meses de 2023, quando o superávit primário havia atingido R$ 287,939 milhões – o que significa dizer que o saldo aumento nada menos do que 274,22% neste ano.

Balanço

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também