Coluna

Comércio critica proibição de ‘trabalho com segurança’

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 14 de maio de 2020

Primeiro representante do setor produtivo no Comitê de
Enfrentamento ao Coronavírus, criado pelo governo estadual, o presidente da
Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi,
critica a imperativa definição de Ronaldo Caiado por retomar em novo decreto as
medidas restritivas, que provocam o fechamento de todas as atividades não
consideradas essenciais. Assim, a flexibilização iniciada em 19 de abril se
perde e o setor do comércio antecipa o impacto. Segundo o empresário, “a defesa
da economia também é a defesa da vida, pela possibilidade de sobrevivências das
pessoas”. “O mais difícil é encontrar esse equilíbrio com a estratégia de saúde,
mas nós não achamos que seja positivo proibir que está trabalhando com
segurança”, afirma Baiocchi, em referência aos estabelecimentos que retomaram
funcionamento seguindo as regras sanitárias.

Contraponto

A Associação dos
Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg) decidiu “esclarecer
a população” contra “inverdades” e garantiu que a rede particular chega a ter
ocupação de apenas 20% no estado.

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Leitos vazios

A pandemia reduziu atendimentos em praticamente todas as
áreas, com menos 50% em urgências. Dos 100 leitos dedicados ao coronavírus, a
ocupação é de 20%.

Cadê o governo?

“Após três semanas
aguardando reunião com o governador e sem resposta, a Ahpaceg espera que outros
poderes abram canal para conhecer a realidade do setor e ouvir sugestões de conduta
para solucionar essa crise”, conclui a nota.

As maiores

O novo decreto estadual para isolamento será focado em
medidas para cidades com mais casos de coronavírus. Do total, 30 municípios
reúnem 90% dos registros.

Distribuição

Os números são liderados por Goiânia (585), que é seguida no
ranking de casos por Aparecida de Goiânia (76), Anápolis (47), e Valparaíso de
Goiás (42). As outras 26 cidades tinham até ontem menos de 30 casos confirmados
em cada.

Denúncias

O aplicativo ‘Prefeitura 24 Horas’ recebeu quase 9 mil
denúncias sobre pontos de aglomeração e de serviços não essenciais em
funcionamento em Goiânia. Resta à gestão municipal o trabalho de fiscalização.

Como fica?

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que
gerencia o app, mostra que são 4.926 denúncias sobre aglomerações e outras 3.839
são de lojas ou pontos comerciais abertos, sem seguir determinações do decreto.

Jogo duro

Apesar da pressão mais intensa das últimas semanas de
empresários, a negociação entre prefeitura e representantes da Região da Rua 44
foi suspensa, por conta das novas restrições do decreto estadual, que valerá
por duas semanas.

CURTAS

– Pela campanha Maio Amarelo, a Secretaria de Trânsito em
Aparecida de Goiânia distribui hoje máscaras aos motoristas.

– O Ipasgo antecipou
pagamento de R$ 128,9 milhões para prestadores de serviços da rede credenciada neste
mês de maio.

– A Justiça atendeu
pelo do Ministério Público e suspendeu validade de decreto de flexibilização em
Buriti de Goiás.