Conclave: entenda a parte política que acontece após a morte ou a renúncia do papa
Após o anúncio da morte do papa Francisco, aos 88 anos, muitos questionamentos surgem em relação ao que acontece depois. Entre 15 e 20 dias, o colegiado de cardeais se reúne no Vaticano enquanto as eleições acontecem. São alocados para acomodações especiais. No mundo, há cerca de 252 cardeais. Ao menos 120 participam do processo eleitoral. No entanto, de acordo com as regras da igreja, os que têm mais de 80 anos não podem participar da votação.
A quantidade de votos necessários requer uma maioria de 2/3 e a eleição continua até que esse número seja atingido. Ou seja, dependendo do quórum, cerca de 80 votos. Caso não consigam chegar a um acordo, a votação é suspensa por um dia de oração e discussão antes de retornarem com a votação. Na escolha, todos participam da discussão, em segredo, dos méritos dos prováveis candidatos, inclusive os aposentados.
Leia mais: Municípios goianos: captação de recursos federais tem como desafio conhecimento técnico
Ainda que a campanha pública seja expressamente proibida, o processo eleitoral é altamente politizado. Afinal, o novo líder religioso ‘intervém’ em questões políticas e, também, morais. De uma forma ou de outra, a igreja salienta que os cardeais são guiados pelo Espírito Santo.
A própria palavra conclave remete que eles estão trancados “com uma chave” para que as informações não vazem para o mundo exterior. E quem vazar qualquer informação pode ser excomungado da igreja católica.