Consultas e aprovações do BNDES disparam em Goiás. E desembolso cai
Ainda referentes aos três meses iniciais deste ano, os dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sinalizam a perspectiva de melhoria no comportamento dos desembolsos em Goiás para o restante do ano, a despeito dos números negativos registrados no período. Entre outros motivos, porque os valores dos projetos aprovados e das consultas […]
Ainda referentes aos três meses iniciais deste ano, os dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sinalizam a perspectiva de melhoria no comportamento dos desembolsos em Goiás para o restante do ano, a despeito dos números negativos registrados no período. Entre outros motivos, porque os valores dos projetos aprovados e das consultas realizadas pelas empresas ao banco de fomento dispararam na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Em valores ainda não corrigidos pela inflação, o BNDES chegou a desembolsar R$ 689,550 milhões entre janeiro e março do ano passado, total reduzido para R$ 567,996 milhões nos mesmos três meses deste ano, apontam redução de 17,63% – queda mais concentrada no setor industrial e nas contratações realizadas por empresas de grande porte.
O desempenho dos desembolsos parece associado à retração de 11,2% no total das aprovações entre 2022 e 2023, que saíram de R$ 6,40 bilhões para R$ 5,681 bilhões em dados aproximados. Numa virada na tendência baixista experimentada no ano passado, as aprovações cresceram 45,04% no primeiro trimestre deste ano frente a idêntico período de 2023, subindo de R$ 615,590 milhões para R$ 892,868 milhões, sob liderança do setor industrial e de micro, pequenas e médias empresas. O incremento sugere a possibilidade de retomada dos desembolsos mais à frente, caso as empresas continuem demonstrando o mesmo apetite para colocar de pé os projetos aprovados.
Por setor de atividade, as aprovações destinadas à indústria saltaram pouco mais de 524% entre um trimestre e outro, avançando de apenas R$ 50,0 milhões para algo em torno de R$ 313,0 milhões. O setor de comércio e serviços, na classificação do BNDES, tiveram aprovados perto de R$ 139,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que se compara com R$ 89,0 milhões em idêntico intervalo do ano passado, numa alta de 57,3% na mensuração do banco. A agropecuária e o setor de infraestrutura, no entanto, tiveram as aprovações reduzidas em 3,8% e em 15,8% respectivamente, saindo de R$ 323,0 milhões para R$ 310,7 milhões e de R$ 154,0 milhões para R$ 129,4 milhões na mesma ordem.
Indústria e infraestrutura
Ainda na indústria, enquanto o setor de alimentos e bebidas em mais de 40 vezes o valor das aprovações, de apenas R$ 7,0 milhões para R$ 287,0 milhões, a indústria química e petroquímica teve suas aprovações reduzidas quase pela metade, desabando de R$ 22,0 milhões para qualquer coisa ao redor de R$ 11,0 milhões. A queda das aprovações para projetos de infraestrutura esteve mais relacionada ao comportamento negativo de segmentos como serviços de utilidade pública (energia elétrica, saneamento e lixo, por exemplo), atividades auxiliares ao transporte, construção e telecomunicações. Em conjunto, aqueles setores tiveram as aprovações reduzidas de R$ 46,0 milhões para R$ 9,4 milhões, numa redução de 79,6%. Em direção oposta, as aprovações para o financiamento de projetos de transporte rodoviário aumentaram de R$ 108,0 milhões para R$ 120,0 milhões, crescendo em torno de 11,2%.
Balanço