Coluna

CPI dos incentivos iniciará depoimentos de empresários

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 13 de maio de 2019

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a
concessão de incentivos e benefícios fiscais a empresas em Goiás realiza às
14h30 a primeira reunião para definir cronograma de depoimentos, depois que
quase dois meses buscando documentos e informações, principalmente junto à
Secretaria de Economia e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Já estão
aprovados requerimentos para depoimentos de representantes das empresas Stemac
(geradores) e Caoa (automóveis) e as datas serão definidas nesta segunda na Assembleia
Legislativa. “Outros também serão convocados para prestar esclarecimentos. O
que sabemos é que essas primeiras têm de sanar algumas dúvidas, principalmente
sobre o cumprimento do que foi acordado no convênio assinado com o Estado. Há
casos de empresas que têm incentivos e crédito outorgados em montante que faz o
governo pagar créditos de volta, o que é preocupante”, afirma o presidente,
Álvaro Guimarães. A reunião contará com a presença dos ex-superintendentes da
Receita, Adonídio Neto Vieira, e Cícero Rodrigues.

Informações

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A Secretaria de Economia pediu prazo de dez dias para enviar
lista detalhada de todas as empresas com benefícios em Goiás. O tempo acabou e
a pasta solicitou mais dez dias. O segundo prazo termina nesta semana.

Nada pessoal

“É preciso dizer que não temos nada contra fulano ou
beltrano. A CPI não é contra nenhuma empresa, mas temos que apurar informações
sobre quem não cumpre suas obrigações”, define o presidente da Comissão.

UFG debate orçamento

A Universidade Federal de Goiás (UFG) realiza hoje a
Assembleia Universitária, com o tema “Análise e discussão do atual contexto
político e econômico e a situação orçamentária e financeira da UFG”. Servidores
docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes foram convocados a
participar do encontro que ocorre no Centro de Eventos do Câmpus Samambaia, na
Vila Itatiaia. A reunião se dá depois da decisão do Governo Federal de cortar
25,5% das verbas da instituição, que tem o valor bloqueado pelo Ministério da
Educação (MEC) desde o dia 2 de maio. O reitor da UFG, Edward Madureira (foto),
já sinalizou que sem as verbas o ano letivo na instituição pode ser
inviabilizado. Os impactos já começaram: 60 bolsas para pós-graduandos
ofertadas pela CAPES foram bloqueadas na última semana. A própria manutenção da
universidade – pagamento de água, luz e servidores terceirizados – está
ameaçada, bem como ações voltadas para assistência aos estudantes, como bolsas
e o Restaurante Universitário.

CURTAS

Saúde – Outro
serviço que deve sofrer com o corte é o Hospital das Clínicas (HC), unidade de
ensino que atente integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Novos custos – O
novo prédio será entregue até dezembro, com 600 leitos. “Recursos à
universidade não são gastos, mas investimento”, diz o reitor.

Movimento
Estudantes e professores de todo o país organizam para quarta-feira (15) ato
unificado contra o corte. Aqui, ocorre na Praça Universitária.

Debate

O Conselho Regional de Serviço Social de Goiás – CRESS realiza
nesta terça e quarta-feira a 36ª Semana do (a) Assistente Social e o 9º
Simpósio Goiano de Serviço Social.

Montanha russa

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL/GO) volta a ter
queda iminente do cargo de líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal. O
motivo da vez é a falta de articulação que causou derrota do Planalto na
votação da MP 870.

A pauta

A medida é a que estabeleceu a reforma administrativa
promovida após a posse de Jair Bolsonaro. O texto aprovado em Comissão Especial
conta com profundas alterações em relação à proposta inicial, o que desagradou o
próprio presidente.

Tem jeito?

“O que posso fazer, pegar o Vitor Hugo pelo braço? Não dá.”
A frase foi ouvida ao pé de ouvido por deputados, proferida pela líder no
Congresso, Joyce Hasselmann (PSL-SP) ao telefone com o ministro Onyx Lorenzoni.
Fritura iniciada.

Tudo certo

O presidente Bolsonaro confirmou que, na primeira vaga que
abrir no Supremo Tribunal Federal (STF), espera cumprir o compromisso de
indicar o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Qualificado

“Se Deus quiser, cumpriremos esse compromisso”, disse, em entrevista
à Rádio Bandeirantes. O acordo não era tratado abertamente até agora. “Uma
pessoa da qualificação do Moro se realizaria dentro do STF”, afirmou Bolsonaro.