Coluna

Daniel precisa rever estratégias para conquistar e manter aliados

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 18 de outubro de 2023

O presidente do MDB em Goiás e vice-governador, Daniel Vilela, tem pela frente o desafio de construir uma base sólida para chegar em 2026 favorito na disputa ao Governo de Goiás. Ele não é o He-Man, mas tem a força. Afinal, o fato de ter o controle do partido e ainda ser vice-governador faz dele o favorito na disputa pela vaga do governador Ronaldo Caiado (UB). O problema são alguns erros cometidos na escolha de aliados. A Xadrez cita algumas dessas derrapadas que podem ser corrigidas a tempo. A tarefa mais complicada é em Catalão, onde o pecuarista e fiel escudeiro político de Daniel, Elder Galdino (MDB), não abre mão em ser candidato a prefeito do município. Mas no caminho tem uma enorme pedra recheada de votos chamada Adib Elias (sem partido), que insiste em lançar um nome de seu grupo para sucedê-lo. Diante do impasse, Adib, que estava com um pé na porta do MDB, recuou. De acordo com fontes do MDB, o desfecho dessa novela termina esta semana. A complicação é que Daniel não quer afastar o aliado Galdino. Se não houver acordo, corre risco de ficar sem Adib Elias e ainda ter um adversário forte na região em 2026. O mesmo ocorre em Iporá, Região Oeste de Goiás. O prefeito Naçoitan Leite (UB), assim como Adib em Catalão, é uma liderança influente em vários municípios. No entanto, Daniel – de acordo com Naçoitan – rompeu um acordo entre eles em que o presidente da Câmara de Vereadores, Adriano Sena (MDB), seria o candidato em 2024. Daniel colocou no lugar uma liderança sem voto e sem mandato. Além disso, comprou uma briga com Naçoitan, que pode ter reflexos em 2026.

A força do líder vem dos aliados

Raposas políticas costumam lembrar aos mais jovens que, durante a jornada em busca do poder, “só se faz inimigos se houver aliados, afinal, são os aliados que vão enfrentar, ao seu lado, adversários que buscam o mesmo que você”. A recomendação serve para os políticos mais jovens como o presidente do MDB em Goiás e vice-governador, Daniel Vilela. A soma de aliados é um indicador de liderança.

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Cachimbo da paz

MDB e PP andaram se estranhando devido à disputa eleitoral em Anápolis. Mas com a saída do prefeito Roberto Naves do Progressistas, as duas siglas voltaram a traçar planos em conjunto, incluindo o União Brasil, sinal de que fumaram o cachimbo da paz.

Dedo de Caiado

Nos bastidores, os comentários são de que o governador Ronaldo Caiado entrou no circuito e colocou um freio de arrumação nos atritos. Caiado aproveitou a contenda em Anápolis, sua terra natal, para ajustar a conversa.

Daniel e Baldy

A dupla Daniel e Baldy está mais afinada do que instrumentos do pop sertanejo depois que os dois se acertaram em Anápolis. O bloco MDB, UB e PP caminha para construir a maior força política em Goiás e eleger o maior número de prefeitos. A proposta é seguirem unidos até 2026.

Todos juntos

Não é descartada a união entre MDB, PP, UB, Republicanos e PL no segundo turno em Anápolis. Todos têm consciência de que o candidato do PT, Antônio Gomide, vem forte, incluindo a possível participação do presidente Lula no segundo turno.

Pobreza recua

A pobreza em Goiás recua, conforme aponta o Instituto Mauro Borges (IMB). A extrema pobreza recuou de 2,6% para 1,7% na população goiana entre 2021 e 2023. A média de rendimentos alcançou nesse período R$ 2.898, superando pela primeira vez na história a média brasileira, que ficou em R$ 2.880. (Especial para O Hoje)