Depois de oito dias preso, Jayme Rincón é liberado pela Justiça

Jayme Rincón foi liberado na noite de ontem (5), por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que acatou pedido de habeas corpus formulado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida, o Kakay. Na decisão, o desembargador Cândido Ribeiro disse que não há fundamentação suficiente que justifique a manutenção da prisão. O magistrado acatou os argumentos de Kakay segundo os quais a operação e a prisão não se sustenta por falta de contemporaneidade, ou seja, porque as delações usadas como referência para a medida restritiva remontam a 2010 e 2014. Jayme Rincón foi preso no último dia 28 pela operação Cash Delivery, que investiga possível recebimento de propinas da empreiteira Odebretch. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal de Goiás, Jayme é apontado como braço direito do ex-governador Marconi Perillo, tendo a “função de buscar o dinheiro em São Paulo e trazê-lo de avião a Goiânia, servindo desta forma como uma espécie de preposto”, reforça o MPF. 

“Note-se que os fatos que deram suporte inicialmente à decretação da custódia temporária seriam o suposto envolvimento do investigado no recebimento de recursos para as campanhas eleitorais de 2010 e de 2014”, afirma Ribeiro, ao indicar a falta de requisitos legais para manter a custódia.  

Em família

Heloísa e Natália Rincón, mulher e filha do ex-presidente da Agetop, Jayme Rincón, apresentaram pedido à Polícia Federal para adiar o depoimento delas. As duas foram convocadas no âmbito da Operação Cash Delivery.  

Entorno mantém esperança 

O prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango (PTB), acredita que o crescimento do governador José Eliton (PSDB) nas cidades do entorno do Distrito Federal será o diferencial na disputa pelo governo. “Acredito que o Entorno dará o tom de virada”, diz, ao acreditar que a diferença de votos entre o tucano e o senador Ronaldo Caiado (DEM) diminuirá e que, em eventual segundo turno, deve haver uma virada. “Acredito fielmente, não tenho dúvida de que teremos segundo turno e virada no segundo turno com Zé Eliton reeleito”, garante. O prefeito afirma ainda que a expectativa é muito positiva e relata que foi feito um trabalho constante e intenso com carreatas, caminhadas, reuniões e outras atividades, principalmente nos últimos dias de campanha, justamente quando a maior parte dos indecisos confirma a opção de voto, segundo as pesquisas. “O trabalho do nosso grupo está muito intensificado”, frisa. O petebista aponta que, pelo menos em Águas Lindas, a diferença entre Zé Eliton e Caiado será muito pequena já no primeiro turno.  

Curtas 

Colados – Hildo ainda valoriza a eleição de Marconi Perillo (PSDB) ao Senado. “Como senador, ele vai se empenhar para trazer benefícios para toda a região”, afirma.

Janela – Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que 41% dos candidatos que já tinham disputado algum pleito trocaram de legenda para concorrer novamente.

Erro – O conselho consultivo sobre internet e eleições criado pelo TSE não apresentou resultados no combate às fake news até o fim do primeiro turno da campanha.

Gelado

Dissidente no MDB, o prefeito de Formosa, Ernesto Roller, afirmou que nunca viu uma eleição “tão fria” quando a deste ano. O ex-deputado atua na coordenação da campanha do senador Ronaldo Caiado (DEM) ao governo.

Bico calado

“Nunca vi uma eleição tão fria quanto esta. Essa é a verdade. O eleitor está silencioso, está tomando sua decisão silenciosamente. Digo no âmbito nacional, você vê as pesquisas, cada hora uma coisa”, afirmou Roller.

Segurança

O seguro contra roubos e furtos de cargas cresceu 72% em Goiás no primeiro semestre deste ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A arrecadação das empresas do setor passou de R$ 3,1 milhões (2017) para R$ 5,4 milhões em 2018. 

Comparação

O índice goiano ficou bem acima da média de todos os estados brasileiros, que apresentaram aumento de 11% no período. Os dados são da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Aparência

A senadora Lúcia Vânia (PSB), candidata à reeleição, pediu em evento realizado na última semana, em Anápolis, o voto para o colega de coligação Marconi Perillo (PSDB) para o Senado, “em reconhecimento à transformação social e econômica”.

Na prática

Apesar do discurso em compromissos de campanha, o clima entre Lúcia e Marconi não é nada amistoso. No máximo, de tolerância. Os seguidos ataques internos à senadora pesaram para azedar a relação.