Direita reage ao baque da tarifa e volta a criticar Lula
Ao convidar o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para uma prosa, Lula sinaliza que precisa dividir a direita e a centro-direita para ser reeleito. Mesmo com o União Brasil abastado em três ministérios, a contrapartida nas votações de interesse do governo está longe do esperado. Este é apenas um dos desafios que o presidente Lula tem para montar sua estratégia eleitoral. Ele imagina que, se rachar o Centrão, as pré-candidaturas de Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD) não decolam.
Se esses três governadores em fim de mandato, líderes em pesquisas para o Senado em seus estados, sentirem que falta chão para se sustentar como presidenciáveis, jogam a toalha. Se essa equação estiver certa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tende a disputar a reeleição. Na teoria, o PL de Jair Bolsonaro está fora do jogo e Lula nada de braçadas. Mas nem tudo é como os “luas pretas” palacianos imaginam, pois a direita reagiu bem ao baque da tarifa de Trump e volta a criticar Lula como um dos maiores culpados pelo enrosco em que o Brasil se encontra.
Outro ponto de atenção diz respeito a como o STF vai agir em relação a Jair Bolsonaro, personagem central do espectro da direita e atrelado a Donald Trump. Preso, incomunicável ou morto, o apoio dele a qualquer um dos pré-candidatos a presidente da República pela oposição terá que receber sua benção para conquistar os votos bolsonaristas. Dos três citados acima, Ronaldo Caiado é o mais lembrado para herdar esse ativo de votos, mas, se Tarcísio retornar à corrida para desbancar Lula, as chances de Caiado diminuem.
Caiado atua para afastar o UB de Lula
O governador de Goiás e pré-candidato a presidente da República trabalha nos bastidores para que o União Brasil desembarque dos três ministérios do governo Lula. Na próxima terça-feira (19) será a convenção da legenda, e a maioria dos líderes diz que não faz sentido ter um candidato a presidente da República enquanto se comanda ministérios em um governo no qual não se acredita.
Ruim para Zé Mário
O sonho do presidente da Faeg, José Mário Schreiner, é ser presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Porém, o atual presidente, João Martins, sinaliza que vai tentar a reeleição em outubro. Com essa guinada, Zé Mário deve brigar pela vice de Daniel Vilela (MDB), mas ele encontra uma pedra no caminho: o ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil).
Contas do Pábio…
Ao contrário de informação divulgada em uma rede social, de que o TCM havia rejeitado as contas de 2020 da gestão do ex-prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB), o parecer sugere que “sejam aprovadas com ressalva” e não rejeitadas, como foi publicado. Para aliados de Pábio, “os adversários que perderam a eleição não descem do palanque e insistem em tentar desconstruir sua gestão”.
…aprovadas pelo TCM
As contas aprovadas com ressalvas correspondem ao período de 2020 a 2024, segundo mandato de Pábio Mossoró. Após um primeiro pedido por reprovação, foram feitos ajustes que, ao serem concluídos, levaram o TCM a recomendar a aprovação com ressalvas. A decisão foi acompanhada na íntegra pelos demais conselheiros presentes à sessão.
Zé Humberto
Se há um personagem na vida pública do Distrito Federal que pode vendar os olhos e soltá-lo em qualquer cidade administrativa ou até mesmo no Entorno, ele volta sem grande esforço. Esse personagem — que não é o Obama — se chama José Humberto. Essas credenciais o colocam entre os favoritos para conquistar uma cadeira de deputado federal em 2026.
China é aqui
De acordo com a ApexBrasil, até 2032 a China pode superar os R$ 27 bilhões investidos no Brasil. Não é à toa que o presidente Lula busca se aproximar cada vez mais dos chineses. O problema é que, assim como na África, eles têm comprado grandes áreas de terras e ampliado interesses em infraestrutura logística e energética. Essa presença incomoda os americanos, que veem o Brasil cada vez mais distante do Ocidente.