Discurso confiante de Caiado indica cenário mais favorável para a centro-direita


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), demonstra confiança em sua caminhada à presidência da República. No discurso proferido em um evento da Fundação FHC, em São Paulo, afirmou que a centro-direita vai ganhar as eleições presidenciais em 2026. O quadro, segundo Caiado, se dá por um cenário mais propício, uma vez que a performance eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra reduzida quando se compara com outras campanhas eleitorais. E o motivo, seria a falta de discussões com temas relevantes para o país. “As pessoas estão vendo os problemas econômicos e a violência surgirem por falta de uma discussão de Brasil com os temas que estão atingindo a população”, destacou.
O gestor estadual não deixou de apontar os indícios que mostram que a centro-direita pode levar as eleições em 2026. “As pesquisas hoje demonstram que a centro-direita, dentro das avaliações que estão sendo feitas, indiscutivelmente vai ganhar as eleições. Quem for para o segundo turno, ganha. Porque o problema hoje é que o presidente Lula não está demonstrando o mesmo interesse, a mesma performance, que ele mostrou em outras campanhas”, ressaltou.
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Assinalou, também, a sua inclinação a pauta da anistia do 8 de janeiro, um dos temas mais relevantes para o bolsonarismo. “O que o Brasil precisa hoje é voltar a ter temas que sejam relevantes para a vida nacional. É importante que se coloque um ponto final nisso. E o Congresso está tentando colocar um ponto final. Além disso, é necessário debater temas que são relevantes. Precisamos sair desse processo de polarizar o Brasil nessa discussão”, disse.
Também, Caiado fez críticas contundentes ao sistema de governo brasileiro. “O presidencialismo foi totalmente destruído no Brasil. Onde está a liturgia do cargo da Presidência da República? Acabou. Eu fui deputado federal e senador, com 15,5 milhões de reais de emendas por ano, sem serem impositivas. Hoje, o parlamentar de baixo clero tem 100 milhões de reais. Senador tem 300 milhões”, disse o governador.
No discurso, o governador apresentou os resultados de Goiás e analisou os desafios para o Brasil, com foco no agronegócio, desenvolvimento tecnológico e na gestão pública. O chefe do Executivo goiano detalhou medidas que tiveram reflexo direto na vida dos goianos, entre elas o trabalho para alcançar o equilíbrio fiscal. “Com liquidez plena, fiz o primeiro fundo de equilíbrio fiscal do país, peguei 1,5% do orçamento e botei como reserva”, disse ao citar o Fundo de Estabilização Econômica, lançado em março. “Se não tiver respeito pelo que ganha e pelo que gasta, não se governa e não cresce o país”, reforçou.
Em contrapontos entre a realidade brasileira e o panorama goiano, Caiado apontou as medidas efetivas implantadas no Estado. A liderança nos indicadores de educação, a redução da pobreza e o exemplo na segurança pública foram destaques. “Tivemos a capacidade de fazer a segurança preventiva, tanto é que em Goiás nunca houve mais um assalto a banco, a carro forte, um novo cangaço, nunca teve mais um sequestro”, citou em menção aos investimentos em inteligência e aporte aos policiais. Ele defendeu integração nas forças e sistemas de segurança, não a centralização.
Ao apontar desafios para o desenvolvimento nacional, Caiado abordou a necessidade de investir em inovação e tecnologia para aprimorar serviços públicos, principalmente na área da gestão de dados na saúde e também para a modernização do agronegócio. “Hoje nós somos os maiores produtores de grãos e também de proteínas no mundo. Isso dá ao Brasil uma condição de segurança alimentar que nenhum outro país consegue ter, preservando todos os nossos biomas”, citou.