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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Dividida em “dois mundos”, indústria mantém panorama geral de estagnação

O desempenho de segmentos mais associados à exploração mineral e à produção agrícola contribuiu para um avanço de 0,5% na produção da indústria em geral na passagem de outubro para novembro do ano passado, assim como para o incremento de 1,3% registrado na comparação com novembro do ano passado, conforme a mais recente edição da […]

O desempenho de segmentos mais associados à exploração mineral e à produção agrícola contribuiu para um avanço de 0,5% na produção da indústria em geral na passagem de outubro para novembro do ano passado, assim como para o incremento de 1,3% registrado na comparação com novembro do ano passado, conforme a mais recente edição da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o setor industrial. O que poderia ser interpretado como uma reação após meses de maus resultados ou evolução apenas modesta, na verdade, deixou a indústria virtualmente dividida entre “dois mundos bem distintos”, na visão do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Os dados apurados mensalmente pela pesquisa, avalia o Iedi, mostram que a “expansão mais significativa” observada em novembro veio “após cinco meses seguidos” de estagnação virtual. A variação observada em novembro, na verdade, não chegou a configurar um “resultado robusto”, ainda que tenha sido o segundo melhor resultado mensal desde a elevação de 1,1% anotada em fevereiro do ano passado. O número não altera o panorama geral nesta área, com a produção mantendo-se virtualmente estagnada no acumulado entre janeiro a novembro do ano passado, numa variação de apenas 0,1% diante dos mesmos 11 meses de 2022.

Nos 12 meses finalizados em novembro passado, a indústria limitou-se a reeditar os volumes produzidos nos 12 meses imediatamente anteriores. Literalmente, não saiu do lugar. Adicionalmente, os níveis registrados em novembro de 2023 estavam 0,9% abaixo da produção realizada em fevereiro de 2020, num tombo ainda de 17,6% em relação a maio de 2011, quando o setor industrial como um todo havia alcançado seu melhor resultado na série iniciada em 2002.

Os juros, os juros

Observando os números acumulados no bimestre outubro-novembro do ano passado, o Iedi considera que as tendências para a produção industrial pouco teriam se alterado no trimestre final de 2023, preservando-se um quadro que coloca, “de um lado, bens de capital em forte retração e bens de consumo duráveis em deterioração e, de outro lado, expansão mais vigorosa em bens intermediários e bens de consumo semiduráveis e não duráveis”. Dois mundos distintos dentro do universo industrial, portanto. No primeiro e segundo trimestres do ano passado, a produção geral na indústria havia recuado 0,4% e 0,1%, mantendo-se estagnada no terceiro trimestre (variação literalmente zerada), diante dos mesmos períodos de 2022. No bimestre outubro-novembro, a variação chegou a 1,2%, explicada pelos altas de 4,1% e de 1,8% para, respectivamente, fabricantes de bens semiduráveis e não duráveis, no dado mais positivo, e de bens intermediários, com ampla contribuição da extração de minérios e de petróleo e gás. A produção de bens de capital, que cai a taxas de dois dígitos desde o segundo trimestre deste ano, mergulhou em queda de 12,2% no bimestre em questão, com baixa de 5,8% para a produção de bens duráveis, muito influenciada pelas perdas de 6,6% e de 7,3% sofridas pelos setores de automóveis e eletrodomésticos, na mesma ordem.

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