Divisão interna marca avaliações sobre RRF no governo

A certeza sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como
luz no fim do túnel para os problemas fiscais e financeiros do estado passa por
debate interno no governo de Ronaldo Caiado (DEM) sobre a forma de execução. As
partes técnica e política têm pensamentos diferentes sobre a maneira como as
alterações, necessárias para adesão, deverão ser enviadas à Assembleia
Legislativa. Enquanto o setor econômico considera pacote único, com o objetivo
de buscar aprovação mais rápida, a parte política avalia que a melhor opção
seja enviar conjunto de projetos. A segunda opção possibilitaria mais
alternativas durante a negociação com deputados estaduais que, em maioria, têm
restrições (para dizer o mínimo) em relação a ações como congelamento de
direitos de servidores, cortes em incentivos fiscais, privatizações, além da
desconfiança sobre efetivos novos investimentos.

Calma lá

Oficialmente, auxiliares das duas alas do governo têm
discurso comum e plausível. O de que qualquer decisão só será tomada depois de
conversas detalhadas em Brasília, com a equipe econômica do governo Bolsonaro.

Antecipação

A questão é que a adesão já causa arrepios em deputados
aliados a Caiado na Alego, que já se cansaram de apagar pequenos incêndios em
suas bases, deflagrados por fake news sobre supostas consequências do RRF.

Ao debate

Na linha de frente está o presidente da Casa, Lissauer
Vieira (PSB), que espera ter conversa nesta semana, antes da volta dos
trabalhos, para detalhar as propotas.

Bolso regional

Enquanto o Brasil não recupera o patamar da economia que
registrou no pico de atividade antes do início da crise, há cinco anos, a
região Centro-Oeste é a única que superara o movimento de março de 2014.

Recuperação

O resultado é do índice Itaú para a atividade econômica –
que reúne empregos formais,
comércio, indústria e agricultura. O levantamento, no entanto,
não é otimista sobre o PIB nacional para 2019.

Percebido

Não passou tão despercebida a comparação que fizeram
Bolsonaro e Caiado em Goiânia, em discursos na última semana. Os dois se
ajudaram para colocar no mesmo patamar, como “vilões” os marconistas em Goiás e
petistas no Brasil.

Nós dois

“Encontramos, eu o Brasil e você o Estado, quebrados
economicamente. O desafio que nós temos pela frente é enorme, mas temos uma
coisa maravilhosa ao nosso lado: esse povo goiano e brasileiro”, avaliou o
presidente.

Retorno

O padre Carlos Gomes volta a Goiânia para reassumir a
Catedral Metropolitana. Missa de posse será no dia 4 de agosto. Ele passou três
anos em Roma, onde fez doutorado de Direito Canônico.

CURTAS

– O Ministério da Saúde deve anunciar reformulação
do ‘Mais Médicos’, que passará a se chamar Médicos pelo Brasil.

– Poderá haver pagamento de bônus de desempenho. A
confirmação depende da agenda do presidente.

– A Secretaria de Cultura deve dará novos passos
nesta semana para realizar o FICA 2019, em novembro ou outubro.