Embate de IA: PT aposta em polarização e UB+PP responde


Em meio à crise de governabilidade, o presidente Lula e os seus aliados sentem-se cada vez mais incapacitados. Em 30 anos, nunca se teve uma base tão infiel como essa. Diante disso, em um novo movimento de comunicação, o PT aposta na velha disputa entre ricos e pobres. Retoma o antagonismo que direciona a esquerda popular e trai os preceitos de “união e reconstrução” da sua “frente democrática” que trouxeram a legenda de volta ao poder.
O vídeo, divulgado nas redes sociais, utiliza recursos de IA para representar uma narrativa em que os mais ricos são responsabilizados pela desigualdade social no País, o que reforça a imagem do PT como defensor histórico dos mais pobres. Críticos apontam que, embora a estética inovadora chame atenção, a mensagem aposta em antagonismos simplistas que podem acirrar tensões em vez de promover diálogo ou soluções concretas.
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Diante da repercussão, UB+PP lançaram uma resposta com o mesmo recurso, a IA. No vídeo, o narrador fala: “Pensando bem, o povo não aguenta mais carregar o peso de um governo com quase 40 ministérios. Um governo que aumentou as despesas não para nós, mas para eles, a companheirada e a gente carregando cada vez mais o peso nas costas, estatais que só dão prejuízo. Agora querem passar a conta para a gente de novo, dizendo que estão do nosso lado, mas imposto a gente sabe quem paga no final: os mais pobres”.
Esse embate midiático sinaliza a tendência de substituir o debate por campanhas de cunho emocional, ainda polarizado, potencializadas por IA. A disputa política entra em nova era — mas permanece a velha dúvida: onde está o eleitor nessa batalha de narrativas? (Especial para O Hoje)