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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Entorno do DF é bom de voto, mas vaidade e ambição ofuscam líderes

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 18 de novembro de 2025
Entorno
Takeshi Gondo - Ilustrador

Raposas políticas do passado, acostumadas a transitar entre o discurso para manter o eleitorado e a opinião pública atenta, recomendavam aos mais afoitos pelo brilho do poder momentâneo que a vaidade, a arrogância e a ambição eram seus piores adversários. Na atual quadra da vida política goiana, especialmente no Entorno do Distrito Federal, paira uma euforia sobre a importância da região como colégio eleitoral quase orgânico — fato confirmado pela eleição e reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB), nas quais os votos das dez cidades que fazem fronteira com o DF foram fundamentais.

Nunca é demais reforçar que, nesses dez municípios, há aproximadamente 700 mil eleitores, capital de votos que só perde para a região metropolitana de Goiânia, com cerca de 1,8 milhão. O problema do Entorno do DF é a ausência de uma liderança consistente capaz de aglutinar os demais municípios. Quando um prefeito começa a se destacar, surgem rapidamente as futricas do serpentário político, tentando descredenciá-lo. Se outro se aproxima de lideranças regionais ou de Brasília, logo passa a ser visto com desconfiança pelos demais.

Diante desse quadro, torna-se difícil apontar alguém como potencial candidato a vice nas chapas de Daniel Vilela (MDB), Marconi Perillo (PSDB), Wilder Morais (PL) ou do provável nome do consórcio de centro-esquerda. Esses pré-candidatos olham a região com especial atenção, mas nenhum deles, até agora, se arrisca a mencionar uma liderança como potencial aliado. A lista de possíveis nomes é ampla — de prefeitos a deputados —, mas pelo desalinhamento entre eles, dificilmente o vice-governador de Goiás será escolhido no Entorno. A não ser que algum candidato decida apostar em alguém com disposição de unir os desunidos.

Enfim, habemus Wilder pré-candidato

Demorou, mas o senador Wilder Morais (PL) cedeu à pressão de aliados e anunciou que é pré-candidato a governador de Goiás em 2026. A partir de agora, caem por terra as especulações de que ele poderia desistir e apoiar Daniel Vilela (MDB). Segundo deputados do PL, prefeitos e pré-candidatos a deputado, essa aliança não seria vantajosa, pois o partido terá candidato próprio ou apoiará um nome totalmente alinhado à sigla.

1º e 2º voto

Caso houvesse uma aliança entre MDB, União Brasil e PL, o segundo voto para o Senado seria o de Gustavo Gayer, na mesma base de Gracinha Caiado, que detém o primeiro voto. Com a candidatura de Wilder, Gayer passa a ser o primeiro voto do PL, sem contar que haverá outros candidatos pelo PSDB e pelo campo de esquerda.

Gim Avante

O ex-senador Gim Argello assume nesta quarta-feira (19) o comando do Avante no Distrito Federal. “Minha missão é reestruturar a legenda e contribuir para o fortalecimento da pré-candidatura de José Roberto Arruda ao governo do DF”, disse à coluna. Embora aliados afirmem que Gim deve disputar uma vaga na Câmara Federal, ele desconversa: “Neste momento, o foco é ampliar a representatividade do Avante em todas as regiões administrativas, visando a eleição de 2026”.

Juntos pelo DF

A aliança política entre José Roberto Arruda (sem partido) e Gim Argello (Avante) altera significativamente o cenário eleitoral do DF. São dois políticos experientes e conhecedores das demandas sociais e econômicas da capital. “Brasília não avançou quase nada depois dos governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Vamos resgatar projetos estruturantes parados, principalmente a expansão do metrô”, afirma Gim.

Waldir, o gestor

O prefeito de Aragoiânia, Waldir da Fokus (Podemos), deixou sua bem-sucedida carreira empresarial para realizar o sonho de desenvolver sua cidade natal, na região metropolitana de Goiânia. Até agora, tem cumprido o que prometeu e dado nova cara ao município, resgatando compromissos de campanha. A festa de aniversário da cidade, realizada na sexta-feira (13), foi um marco para a população. Waldir acredita que, mesmo diante da escassez de recursos, conseguirá atingir suas metas — entre elas, a duplicação do acesso a Aragoiânia.

Olha o fundão aí, gente! – Os partidos vão contar com mais de R$ 4,9 bilhões para financiar as campanhas eleitorais dos seus candidatos em 2026. Conforme o TSE, o montante mais generoso é o do PL com mais de R$ 886 milhões (17,87% do total). Seguido pelo arquirrival PT, com R$ 619 milhões (12,49%). Na sequência, o União Brasil abocanha R$ 536 milhões (10,81%).

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