Entorno do DF quer bom assento na mesa dos auxiliares de Caiado

Poucas vezes na história de uma disputa para governador em Goiás, uma região votou tão orgânica a favor de um candidato como o Entorno do Distrito Federal. Descontado a abstenção que ultrapassou os 21%, brancos, nulos e votos dos concorrentes, Ronaldo Caiado (UB) ‘ganhou de lavada’ com 279.664 votos válidos nas nove cidades que fazem fronteira com Brasília. Além de consolidar de vez sua imagem na região, foram eleitos quatro deputados estaduais aliados e dois federais. É com este capital político em mãos, que o Entorno vai sentar à mesa de negociações políticas. Os votos dos deputados Wilde Cambão (PSD), Cristóvão Tormin (Patriota), ambos de Luziânia; Anderson Teodoro (Avante), de Águas Lindas e de Valparaíso, Zeli Fritsche (PRTB), vão respaldar as reivindicações da região. Soma-se a eles, aliados como os prefeitos de Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB) e de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL) – sem desmerecer os demais – vão ser ouvidos pelo governador Caiado ponto 2. Eles foram os mais aguerridos ‘generais eleitorais’ na busca de votos para o 44.

Olho na Alego

O pedido do governador Ronaldo Caiado aos eleitos e reeleitos para a Alego evitar, por enquanto, as discussões sobre escolha do presidente para a Mesa Diretora da Alego, foi atendido em parte. O assunto passou a ser abordado em sussurros, sem muito alarido, mas uma e outra informação vaza. Uma delas afirma que, os quatro cavaleiros do Entorno do DF, Wilde Cambão (PSD), Anderson Teodoro (Avante), Zeli Fritsche (PRTB) e Cristóvão Tormin (Patriota) ensaiam articulações para terem assento em Comissões ou na Mesa Diretora da Alego. A conferir.

Enquanto isso…

… mal encerrou a votação do primeiro turno anunciando os vencedores proporcionais, começa outra corrida para 2024, ano de disputa para prefeitos. O deputado eleito Cristóvão Tormin (Patriota) já esquenta os tambores para retomar o posto da cadeira número 1 do Paço de Luziânia. Nunca é demais recomendar que Cristóvão é muito obstinado e determinado em busca de um objetivo.

Guerra de trincheiras

No impasse da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) quando ninguém conseguia vencer o outro lado, a ‘guerra de trincheiras’ passou a ser a estratégia de ataques e recuos. O problema era o número assustador de baixas entre os alemães e aliados. Embora sem mortos e feridos, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão utilizando a mesma tática de ataques e recuos. O estoque de munições, ou seja, propostas chegou no fim e só resta partir para o ataque ao adversário.

Ameaça eleitoral

O caso do ex-prefeito e empresário de Porangatu, Eronildo Valadares, denunciado por ter enviado áudio a um grupo fechado de produtores, afirmando que vai fechar sua empresa se o candidato [Luiz Inácio] Lula, do PT, ganhar a eleição neste 2º turno, é só a ponta do problema. Dezenas de áudios com teor parecido circulam pelo país.

Pragmático Kassab

O pragmático presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab mira nos prefeitos do PSDB paulista, aproveita o vácuo deixado pela derrocada tucana no estado e também pelo País. Kassab vê no centro democrático a oportunidade de fortalecer seu partido e arrebanhar o espólio do outrora poderoso PSDB. Não será surpresa se em Goiás, PSD, Cidadania e tucanos se juntarem.