Coluna

Escalonamento foi ‘insignificante’ para reduzir aglomerações

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 07 de maio de 2020

Apesar da estimativa inicial da prefeitura de que o
escalonamento de horários resultaria em redução de 20% no fluxo de pessoas em
Goiânia, na prática as alterações não surtiram qualquer efeito no combate às
aglomerações e à disseminação do novo coronavírus. Em vigor desde a última
quarta-feira (29), o decreto de escalonamento definiu cinco horários
diferentes, das 5h às 10h da manhã, para abertura de diferentes setores da
economia entre os que têm permissão para trabalhar. “O que agente observou é
que as medidas de escalonamento do decreto municipal, na prática, tiveram
efeito quase que insignificante para diminuir a aglomeração nas horas de pico,
principalmente no início da manhã”, admite o secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano da Rocha Lima, que ainda não
apresenta solução concreta para o transporte coletivo, com destaque à lotação
nos terminais.

Proposta

O governo ainda deve agendar a quarta reunião para tratar da
proposta das empresas concessionárias do transporte, que pedem subsídio público
para bancar o prejuízo até outubro. O governo estadual segue sem dar resposta.

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Pedido entregue

“O clamor das empresas é em relação ao custo gerado por
transportar menos passageiros e colocar toda a frota”, afirma Adriano. Um grupo
foi formado no governo para “revisar os números” apresentados pelas empresas.

Valores

Como antecipado aqui, o custo estimado pela CMTC seria entre
R$ 80 milhões e R$ 90 milhões para o período de pandemia até o próximo mês de
outubro.

Manutenção zero

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) desenvolveu mapa
interativo em que todos podem consultar a situação das rodovias estaduais
pavimentadas. A inspeção abrangeu, até agora, 40% da malha.

Precário

O estudo mostra trechos com 98,5% (GO-070) e 85,6% (GO-178)
das vias esburacadas, enquanto outros acumulam erosões, como as GOs 080, 237 e
060.

Bate e assopra

Depois do primeiro ano de batalhas conta o setor produtivo para
conter “excessos” nos incentivos fiscais, a secretária de Economia, Cristiane
Schmidt, tentou agradar empresários ontem, na apresentação do ProGoiás.

Em casa

A secretária alinhou o discurso com Paulo Guedes e garantiu
ser uma “economista liberal”, que acredita na iniciativa privada para “tirar do
buraco” a economia goiana depois das consequências da covid-19.

Esperança

Diante da atual crise, o estado passou a confiar cegamente
no “investimento privado” para “criar produção, renda e emprego”, segundo afirmou
Schmidt no seminário remoto. “Vamos tirar as pedras do caminho dos empresários
e investidores”.

CURTAS

– Diante do insucesso até agora, a prefeitura de Goiânia
estuda tornar obrigatório o escalonamento de horários na cidade.

– Estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Econômico mostra que empresas não aderiram às alterações.

– Consumidores de baixa renda deverão deixar de pagar,
provisoriamente, o ICMS sobre as contas de energia em Goiás.