Coluna

Especialistas em tributos mostram que reforma penaliza consumo

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 04 de agosto de 2023

Tornou-se quase um consenso no País que a reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados, a “toque de caixa”, é difícil de entender por uma singela razão: se nem o atual sistema tributário as pessoas comuns conseguem explicar, imagina a proposta que, nesta quarta-feira (3), finalmente chegou ao Senado. Agora começa a corrida para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), lutar para que haja mudanças no texto. Para jogar um pouco de luz sobre o axioma tributário, o Sindifisco de Goiás, por meio de seu presidente, Paulo Sérgio, reuniu jornalistas de vários veículos da mídia goiana, entre eles os do grupo O HOJE, para conversarem com três especialistas no assunto: Celso Malhani de Souza, que há anos acompanha a discussão sobre reforma de tributos, seguido pelo cientista político Jorge Mizael e finalizado com o diretor-executivo do Instituto Mauro Borges (IMB), Erik Alencar de Figueiredo. (Reportagem completa na página 5). Em comum entre eles o fato de que a reforma tributária vai penalizar o consumo mais do que outros setores. A esperança do superintendente do IMB é que o Senado, como Casa revisora, evite a concentração de recursos nas mãos do Governo Federal. “Aí acaba o pacto federativo com Estados e municípios vivendo de mesadas.” Depois de aprovada no Congresso, a parir de 2026, a reforma tributária passa a valer e a transição vai até 2033. “Vou estar com 90 anos e, provavelmente, só meus descendentes vão alcançar a plenitude tributária”, encerrou Erik.

“Será aprovada em 75 dias”

De acordo com os especialistas tributários, o que vem por aí nos próximos capítulos no Senado não é nada animador. “Minha percepção é que a reforma tributária será aprovada no máximo em 75 dias”, garante o cientista político Jorge Mizael. Ele se fia em seus anos de experiência como consultor no Congresso.

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Alguém perde

“Não tem como fazer uma reforma para simplificar tributos com todos ganhando. Uns vão ganhar e outros perder, caso de Goiás e outros Estados emergentes”, resume Malhani.

Fim do Pacto

A esperança do superintendente do IMB é que o Senado, como Casa revisora, evite a concentração de recursos nas mãos do governo federal. Se acontecer, “aí acaba o pacto federativo com Estados e municípios que passam a viver de mesadas”.

Vai até 2033

Depois de aprovada no Congresso, reforma tributária passa a valer a partir de 2026 e a transição vai até 2033. “Vou estar com 90 anos e, provavelmente, só meus descendentes vão alcançar a plenitude tributária”, encerrou Jorge Mizael.

Aliados de peso

Agora é oficial. O governador Ronaldo Caiado deu as bençãos à reeleição do prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto (UB). Além de Caiado, o deputado federal Célio Silveira (MDB) e o líder do governo na Alego, Wilde Cambão (PSD), selaram apoio a Diego Sorgatto.

Cursos TCM

Com o objetivo de qualificar e atualizar temas relevantes para a administração pública, o TCM de Goiás promoverá uma série de minicursos a partir do dia 14 de agosto destinados a gestores e servidores municipais.

Lei de Licitações

Um dos temas mais importantes é sobre a Nova Lei de Licitações e Instrução Normativa Nº 009/23, Emendas impositivas, Administração de bens e serviços públicos – controle patrimonial, entre outros que dão problemas aos gestores públicos junto ao TCM. (Especial para O Hoje)