Esplanada
O custo ONU
Mesmo sem aval do Congresso, Brasil já banca mais de R$ 40 milhões para a COP30
O Governo Federal aproveitou a distração com o recesso parlamentar e o foco nos Estados Unidos para enviar ao Congresso o acordo de sede da COP30, assinado em junho, em Bonn, na Alemanha.
O documento, que detalha as condições impostas pela ONU ao Brasil para sediar a conferência climática em Belém, tem 20 anexos que incluem obrigações logísticas, operacionais e jurídicas.
Entre elas, uma “luva” de US$ 7,1 milhões (cerca de R$ 40 milhões) para cobrir despesas com tecnologia da informação e deslocamento e hospedagem do pessoal da ONU.
Apesar de ainda precisar de ratificação pelo Congresso, o governo já considera a aprovação garantida – e os gastos já estão sendo executados.
Oi, Moraes…!
Uma hora antes de manter a cobrança do IOF, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, teria ligado para o líder do governo na Câmara, Zé Guimarães (PT-CE).
A ligação teria sido atendida com um “Oi, Moraes!”, em alto e bom som, perto de colegas parlamentares.
Procurados pela coluna há cinco dias, o ministro e o deputado não comentaram o assunto.
Cavalgada do tucano
Aécio Neves (PSDB), ex-governador e ex-presidente da Câmara, anda articulando nos bastidores para disputar o governo de Minas em 2026.
Mesmo sem o prestígio eleitoral de outros tempos, foi ovacionado durante uma cavalgada no interior mineiro, e confidenciou o desejo a aliados.
Tem conversado com prefeitos e tenta ressuscitar a imagem de gestor dos tempos áureos.
Plano K
Nos bastidores da política paulista, um cenário ganha força: se Tarcísio de Freitas não disputar a Presidência em 2026, Gilberto Kassab (PSD), hoje secretário em seu governo, pode ser o vice em sua chapa à reeleição.
Seria o chamado “plano K”, com rota regional e impacto nacional.
Na mira
A Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal divulgou nota criticando o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A entidade classificou como levianas as declarações do parlamentar sobre a atuação da PF e afirmou que ele tenta deslegitimar o trabalho técnico da corporação que deveria defender.
Depressão na pista
Fiscal da ANTT acusado de perseguir uma empresa de ônibus acumula mais de mil autuações, mas tem o respeito de colegas e de outros órgãos.
Ele já foi alvo de assédio moral e, segundo aliados, mantém firmeza e uma frase de efeito: “Se acham ruim que se cumpra a lei, que a mudem. Pedir para ignorá-la é incentivar prevaricação.”