Coluna

Êxito do segundo governo de Caiado define caminhos de 2026

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 27 de outubro de 2022

Saia vencedor para presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL), o futuro político do governador depende muito do êxito de seu segundo mandato. Esse é o nó cego que ele tem que desatar ao mexer em sua equipe para acomodar os novos aliados. A reeleição logo no primeiro turno teve um custo político ao receber apoios dos mais de 200 prefeitos, vereadores, deputados e lideranças classistas. Como não existe almoço de graça, muito menos quando se lidera pessoas com os mais variados interesses dentro do estado instituição, a conta a ser paga requer muita negociação. Mas, Caiado sabe disso de cor e salteado, afinal ninguém sobrevive ao serpentário político por quase 40 anos “se não tiver as manhas”. Caiado é um homem de fé e tino para escolher auxiliares capazes de seguir metas na gestão, ser criativo, fazer “mais com menos” e dar respostas às demandas da população. Basta uma rápida olhada nos feitos da secretária de Educação, Fátima Gavioli ou o da Goinfra/Agehab, Pedro Sales, para ter uma amostra de seu modelo de gestão. É com esse propósito que o Caiado ponto 2 pretende pavimentar seu caminho a seguir após 2026: Senado ou Presidência da República.

Aliados do agro

Ao estreitar novamente as relações com o agronegócio após ser reeleito no primeiro turno, o governador Ronaldo Caiado (UB) retorna às origens de seu DNA político, reafirma compromisso com o centro democrático e centro-direita. Ele sabe que em 2026 não haverá nem Lula ou Bolsonaro e a tendência é que a centro-direita vai ditar o ritmo da política. Entre seus interlocutores junto aos segmentos produtivos, encontra-se o presidente da Faeg e vice-presidente da CNA, José Mário. Ele será um dos ‘abre alas’ na pavimentação do caminho de Caiado rumo a uma possível candidatura a presidente em 2026.

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Cenário ruim para 2023

Na edição de quarta-feira (26), o jornal Valor traz uma análise nada animadora para os governadores a partir de 2023. Após ouvir vários economistas, o jornal sinaliza que o cenário será de muita pressão em despesas de pessoal e custeio. Paralelamente, as receitas devem perder ritmo em razão da desaceleração da economia prevista para 2023 e pela redução, desde julho, no ICMS de combustíveis.

Izalci é Bolsonaro

O senador do Distrito Federal e ex-candidato a governador, Izalci Lucas (PSDB) sai da clausura em que se encontrava após a derrota eleitoral. Agora volta às reuniões com seu grupo pedindo votos para a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Mais Brasil 25

Agora é oficial. A fusão entre o PTB e o Patriota foi aprovada pelas principais lideranças das duas legendas e, a partir de agora, passa a ser Mais Brasil 25. A tendência é que outras legendas que não conseguiram o coeficiente eleitoral, sigam o mesmo caminho.

Sem essa de fusão

O movimento entre alguns parlamentares para que o União Brasil e o PP se unisse em uma única e robusta legenda, por ora foi descartado. No máximo poderão fazer parte de uma federação de partidos ou formar blocos para não enfraquecer outros partidos.

Fé e politica

Bancadas evangélicas representam 20% dos parlamentares no Congresso, portanto, faz sentido a importância que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) dão a esse segmento.