Coluna

Falta consenso na ideia de fusões entre partidos

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 21 de outubro de 2022

As disputas eleitorais se sucedem, mas o discurso pós-eleição continua o mesmo: é preciso reduzir o número de partidos no Brasil. De fato, a existência de um grande número de siglas, a princípio, pode parecer um sinal de diversidade democrática, mas tem sido mais um negócio do que propriamente pluralidade de propostas para melhorar a vida da população. Por conta dessa tendência em diminuir o número de partidos e a possibilidade factível da esquerda voltar ao poder, começa a se ouvir alaridos de fusões partidárias. A que mais provoca disse-me-disse, é a unificação entre o União Brasil com o Progressistas. O problema é que o manda chuva nacional da legenda, Luciano Bivar, enfrenta resistência dentro do partido, em Pernambuco, berço político do deputado Mendonça Filho, uma das estrelas da sigla. Ele e Bivar tem rusgas regionais, por isso é contra as discussões de fusão. Alega que os deputados não foram ouvidos, cobra mais democracia e transparência sobre as conversas. O pano de fundo dessa resistência tem tudo a ver – caso seja concretizada – a revoada de bolsonaristas que vão embarcar na nova sigla. Outras legendas também ensaiam fusões, mas a falta de consenso predomina e ficam só nas tratativas. No entanto, esse será o caminho para não virar nanico e perder o financiamento de campanha, tempo de rádio e TV.

Caiado na dele

Quem acompanha de longe esse zum zum sobre fusão, mas com ouvidos atentos, é o governador Ronaldo Caiado. Embora o máximo que se pode extrair dele sobre o assunto é um leve sorriso, uma possível sigla robusta pode ajudá-lo no projeto “Caiado presidente’ em 2026. Credenciais regionais e nacionais ele tem: deputado federal, senador e governador eleito e reeleito em primeiro turno não é pouca coisa. Soma-se ao capital político, coerência, zero de corrupção e perfil de centro direita com trânsito fácil no centro democrático.

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Mulheres ativas

Primeira-dama Gracinha Caiado, Ana Luiza Morais (mulher do senador Wilder), Marisa Carneiro, Lili Veloso, somam-se às mais de 200 mulheres ativas no fortalecimento da reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Entre elas, muitas primeiras-damas e lideranças femininas do interior.

Pergunta bolsonarista

A coluna recebeu por email esta mensagem: “Por que os críticos de Bolsonaro não explicam esse fenômeno: nenhum petista mostra interesse em mudar para Venezuela, Nicarágua, Chile ou Coreia do Norte? Até os refugiados correm para a Europa e Estados Unidos menos para os regimes socialistas. Por que será?”

Efeito polarização

A Xadrez tem recebido muitas mensagens e questionamento, a maioria com ataques a bolsonaristas e petistas. Algumas, impublicáveis numa demonstração que, por um lado, o brasileiro percebeu a importância do debate político, por outro, a polarização despertou os instintos primitivos do ser humano.

Anderson Teodoro

Deputado eleito por Águas Lindas, Anderson Teodoro (Avante), desembarca na Alego munido de um capital político de 25.552 votos. Embora não seja um novato no legislativo – foi vereador –, Anderson leva na bagagem muitos planos para Entorno de Brasília. “Vou sentar com meu colega de partido, André do Premium [26.063 votos], de Santo Antônio do Descoberto e pensar em pautas comuns para nossa região”. Anderson aposta na formação de obra de obra especializada, industrialização e geração de empregos.