Fator econômico será determinante para esquerda e direita em 2026
A constatação mais óbvia que circula entre os agentes políticos, principalmente da esquerda ou da direita, é sobre como vai estar a economia em 2026. Se piorar a vida do brasileiro, o presidente Lula tem o discurso prontinho: “A culpa é da direita e dos bolsonaristas, que provocaram o desequilíbrio das contas ao se alinhar aos EUA contra o Brasil”.
No entanto, se der sinais de que o pior já passou, vence o discurso do lulopetismo, que prega gastar como se não houvesse o amanhã. “No meu governo, o pobre está no orçamento”, costuma bravatear em seus discursos, mas a que custo?
Por sua vez, a direita, que tem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), engatilhado para entrar na corrida presidencial como “esperança dos conservadores, centro-direita e bolsonaristas”, torce para que Lula tropece no déficit público, que pode chegar a 80% do PIB.
Além desse gargalo, que inibe a entrada de investimentos externos, a dívida pública tende a continuar numa espiral crescente. Caso ocorra, a população economicamente ativa vai bater bumbo e defender um outro modelo de gestão. Esse é um dos pontos que a oposição mira.
Soma-se a esses obstáculos no caminho de Lula o efeito Donald Trump sobre seu governo e como a oposição vai tirar proveito disso. Esse impasse é um ponto de virada a favor ou contra a centro-direita e os conservadores, isto porque, dependendo do tamanho do estrago nas relações internacionais de Lula, pode favorecer a oposição.
No entanto, Lula não dá sinais de que vai negociar com os EUA. Ele quer tirar proveito eleitoral dessas bravatas. Essa é a percepção dos observadores políticos, que acreditam que o presidente vai esticar ainda mais a corda com Trump. Pelo menos é o que se percebe ao ler o conteúdo da carta de Lula publicada no The New York Times, uma das vitrines mais influentes do Ocidente.
Liberais acenam para Ciro Gomes
A maioria do meio político tem um ponto em comum: o economista cearense Ciro Gomes, com a bagagem pronta para desembarcar no ninho de origem, ou seja, o PSDB, é um homem que conhece os gargalos do país.
Por conta de suas constantes aparições em todas as mídias, tem sido assediado por uma boa parte de empresários liberais em sondagem sobre uma possível candidatura à Presidência da República. Essa turma gosta do discurso antipetista de Ciro e de suas críticas ao bolsonarismo, mas é justamente neste ponto que ele cai em descrença e fica só no nicho da elite que ele gosta de criticar.
Vai faltar votos
Pelo número de pré-candidatos a deputados estaduais e federais por Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal, vai faltar votos e ninguém será eleito.
Para federal, estão em busca da reeleição Lêda Borges, que deve deixar o PSDB, e Célio Silveira (MDB). Na cota para buscar uma vaga na Câmara Federal, estão o ex-prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró, que deve deixar o MDB e ir para um partido da base de Daniel Vilela. O outro nome para federal é o do deputado estadual Ricardo Quirino (REP).
Zeli e Yvelonia
Na busca pela reeleição, a deputada estadual por Valparaíso, Dra. Zeli Fritsche (União Brasil), tem pela frente a ex-candidata a prefeita do município, Maria Yvelonia.
Ativista social e articulada no meio evangélico, deve tirar votos de Zeli e dos demais pré-candidatos que rondam Valparaíso.
Cambão no jogo
Não deve ser descartada a força do “vizinho” de Luziânia, deputado Wilde Cambão (PSD). Ele tem apoiadores em Valparaíso e tem tido presença constante nos eventos do município. Sem contar que é campeão em emendas parlamentares para os municípios do Entorno Sul.
Joscilene Mangão
No município vizinho de Valparaíso, dividido apenas por uma rua, Novo Gama, o prefeito Carlinhos do Mangão (PL) trabalha o nome da primeira-dama e secretária de Promoção Social, Joscilene Mangão, para disputar vaga de deputada estadual.
Devido à proximidade, é óbvio que ela vai ter votos em bairros de Valparaíso que fazem fronteira com Novo Gama.