Federação pode ‘rachar’ o campo de esquerda no DF e isolar o PT


Dia sim outro também, o assunto federações e fusões estão na pauta dos partidos em variados espectros ideológicos. No Distrito Federal, legendas que tradicionalmente disputaram eleições unidas, caso do PT, PSol, PV, Rede, Cidadania e PCdoB, ensaiam caminhar por rotas diferentes em 2026. Esses partidos conversam para formar uma federação sem o PT, e não descartam a entrada do PDT no bloco. Na outra ponta, encontra-se o PSB que sinaliza uma reaproximação do grupo, isto porque os socialistas não confiam muito no PT. No entanto, nenhum deles descartam formar uma frente para enfrentar “as forças de direita do MDB, PL, PSD e Progressistas”, como tem sido alardeado.
Se esse quadro avançar, o PT fica isolado e o campo de esquerda terá dois candidatos a governador para enfrentar a centro-direita que, neste momento, tem a vice-governadora Celina Leão (PP) na lista de favorita. A coluna apurou que esse arranjo divisionista pode ser benéfico para o PT e o grupo federado. “Nossa meta é forçar um segundo turno e depois unir todos com um único nome”, disse uma fonte ligada ao PDT.
O problema da esquerda no DF são dois: vaidade excessiva de algumas lideranças e a confiança no governo do presidente Lula (PT). Mesmo com muito esforço, a esquerda no DF tem dificuldades em dar uma visibilidade convincente ao eleitorado brasiliense. “Em 2022, por pouco a gente chegaria ao segundo turno, mas desta vez estamos nos unindo para chegar lá e derrotar esse governo que está ai”, disse um ex-deputado distrital e petista histórico à coluna.
“Candidatura de Cappelli é para valer”
Nesta segunda-feira (19), o presidente do PSB do Distrito Federal, Rodrigo Dias, disse em entrevista às jornalistas Denise Rothenburg e Ana Maria Campos, do CB Poder, que a candidatura [de Ricardo Cappelli é para valer. (…) Essa nossa pré-candidatura ao governo do Distrito Federal, mas os movimentos políticos que a gente fez recentemente, a ida do Ricardo Cappelli às cidades (…) estar de fato vivendo a realidade local, isso demonstrou que de fato é uma candidatura que tem viabilidade eleitoral”. Ele não descartou federar com o PDT.
Pode isso, ACM?
Depois que o jornalista Lauro Jardim, de O Globo publicou que o ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil) “estaria disposto a compor com Tarcísio de Freitas (Republicanos) numa eventual candidatura à Presidência da República”, correu para dizer que não era bem assim. Convidou Caiado para uma conversa no domingo em Salvador.
Factóide de…
O presidente da Alego, Bruno Peixoto (União Brasil) e do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas e da Câmara Legislativa do Distrito Federal com a Diretoria Executiva da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), ufa!, inventou mais um factoide. Reuniu-se na segunda-feira (19), sob a justificativa de “abordar ações institucionais, bem como novas propostas e diretrizes a serem adotadas pelas instituições envolvidas”.
…Bruno é ignorado
Nada de concreto e com relevância para a população dos estados que enviaram representantes. Este é o tipo de evento que não rende votos, mas Bruno quer mostrar aos goianos que ele é relevante no cenário nacional. O máximo de espaço que terá nos veículos de comunicação nacional, será o registro de irrelevância do evento.
Quer ser vice
Sonhar não custa nada, por isso Bruno Peixoto busca se cacifar como o “vice que vai arrastar multidões para Daniel Vilela”, segundo um ‘Brunista’ devoto. Por conta dessa nova estratégia, ele deve permanecer filiado no União Brasil. O tempo dirá se a política é movida dessa forma.
Renato, o cara!
O ex-candidato a prefeito de Catalão, Renato Ribeiro (PL) que, por pouco não conquistou o posto de prefeito, tem sido assediado por lideranças ligadas à base do governo e do agro, para disputar vaga de deputado federal ou, dependendo das circunstâncias, deputado estadual. Renato representa a nova safra de políticos de centro-direita.