Feudos na prefeitura de Goiânia engessa gestão Cruz

Eleito por gravidade circunstancial, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) mesmo sendo um homem afável, gentil e bem intencionado, ainda não conseguiu ‘domar’ a máquina burocrática e política do Paço. Sem ter controle sobre os ‘feudos’ instalados na gestão, com destaque para o poder dominante do vereador Clécio Alves (Republicanos) que, entre outros tentáculos, é influente na Comurg e Amma, dois redutos que contribuíram para sua vitória de deputado estadual. Não só Clécio tem poderes quase cartorais, outros personagens menos visíveis, também tem seu naco de poder. Por não contar com ‘operadores’ políticos de sua estrita confiança, recorre, vez outra ao presidente da Câmara de Vereadores, Romário Policarpo para resolver a voracidade dos vereadores cobrando demandas. “Ninguém bate na porta do prefeito levando sugestões, só demandas por obras e cargos”, conta um empreiteiro que conhece a rotina do prefeito. Diante dessa ‘Torre de Babel’ entre auxiliares e vereadores, Rogério Cruz passou o rodo nos cargos comissionados, esvaziou a Secretaria de Governo transferindo atribuição de nomear para seu gabinete. Com isso, Cruz assume na prática, o controle político da gestão e passa a cobrar resultados pessoalmente dos auxiliares. Pairam dúvidas que terá êxito devido a um detalhe: gestão política demanda tempo e paciência. Fica a pergunta: Rogério Cruz terá fôlego para as duas tarefas ao mesmo tempo? Se conseguir, pode quebrar o gesso que impede a prefeitura de acelerar o passo e dar respostas à descrença da população com seu mandato.

De volta ao passado

O mercado desconfia que os ministeriáveis do presidente Lula na área de economia tem odor de naftalina, ou seja, a cara do velho governo Dilma Rousseff. Os antigos mandatários da economia como Guido Mantega entre outras figuras que produziram mais de 11 milhões de desempregados, inflação alta e juros idem, assustou investidores. Até o entusiasta Henrique Meirelles se disse pessimista e que “Só posso dizer uma coisa a todos vocês: boa sorte”. Oremos!

Mangão bem avaliado

Entre os prefeitos do Entorno do Distrito Federal, o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL) é tido como o melhor avaliado pela população. Discreto, mas hábil articulador junto ao governo de Ronaldo Caiado, Mangão conseguiu avanços significativos em obras e prestação de serviços público. Se a eleição fosse hoje, avaliam aliados e até adversários, Mangão seria reeleito sem oposição.

Fábio Corrêa, ditador?

Existe um consenso entre políticos do Entorno do DF, seja oposição ou aliado, que a “maldição do segundo mandato” enterra carreira pública. A explicação é que dois ingredientes contribuem para ampliar a “mandinga”: arrogância e vaidade. É o caso do prefeito de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP). No primeiro mandato foi bem, mas agora, dizem ex-aliados, “o poder subiu à cabeça e a humildade de antes, beira a ditadura”, conta um ex-vereador.

ABC referência

A secretária de Comunicação do Mato Grosso, Laice Souza, acompanhada de auxiliares, veio conhecer a experiência de Goiás com rádio pública. Os visitantes conheceram a estrutura das rádios Brasil Central AM e RBC FM e querem um sistema parecido no Mato Grosso.

Pobre Cristalina Ainda sobre o Entorno, alguns paradoxos chamam a atenção pelo nonsense: como explicar que um dos municípios mais ricos da região, Cristalina, detentora do título de maior área irrigada da América Latina ter uma prefeitura pobre? Sai prefeito e entra outro e a situação continua a mesma, mas o problema não é a gestão de Daniel do Sindicato (UB), e sim, a elite empresarial que só pensa nela. Detalhe: 80% dos endinheirados são do agro.