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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Fim do foro privilegiado, Bolsonaro e a pressão do STF no Congresso

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 18 de agosto de 2025
Fim do foro privilegiado, Bolsonaro e a pressão do STF no Congresso Foto:Takeshi Gondo
Fim do foro privilegiado, Bolsonaro e a pressão do STF no Congresso Foto:Takeshi Gondo

O Supremo tem dado sinais de que está disposto a ir para o confronto com os Estados Unidos e marcou, para o início de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por “trama golpista”. Para o espectro da direita, em especial os bolsonaristas, o julgamento é apenas uma justificativa para aplicar a pena máxima “já decidida há muito tempo”. Essa tensão entre o STF e parte da direita alimenta narrativas de que o Supremo não é uma Corte isenta, mas sim uma “ditadura judiciária”. No meio de todo esse enrosco, está a maioria dos brasileiros que não desejam nem Lula nem Bolsonaro como presidentes da República.

Essa gritaria de um lado e de outro tende a se ampliar com a votação para acabar com o foro privilegiado. Mas o que Bolsonaro e o STF têm a ver com isso? Tudo. Ao pautarem a extinção do foro, a enxurrada de processos contra congressistas que hoje dormitam nas gavetas dos ministros do Supremo passaria a ser analisada pela primeira instância. Assim, deputados e senadores encalacrados com a Justiça seriam julgados em seus respectivos estados e, caso perdessem, poderiam recorrer sucessivamente até chegar ao STF. Algo bem diferente do que ocorre hoje — basta observar a quantidade de excelências que estão sob o olhar do ministro Flávio Dino, que investiga o destino das emendas parlamentares.

Caso essa estratégia para acabar com o foro privilegiado avance, ela pode ser uma saída para diminuir a pressão política em cima do STF. Se der certo, isolaria os bolsonaristas, que teriam como principal frente de batalha apenas a condenação de Jair Bolsonaro. No entanto, enquanto contarem com o apoio de Donald Trump, devem manter a mobilização pela anistia ampla aos presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Condenação ainda este ano

Pela disposição dos ministros do Supremo, especialmente Alexandre de Moraes, os acusados da “trama golpista” — Jair Bolsonaro e auxiliares próximos — começarão a ser julgados e, tudo indica, já condenados a partir de 2 de setembro. A pressa do julgamento busca evitar que o processo seja protelado para o próximo ano.

Trump quer mais

Auxiliares do presidente Lula acreditam que a recusa do ex-presidente americano Donald Trump em dialogar com Lula ou com diplomatas brasileiros significa que ele vai insistir em manter Jair Bolsonaro como candidato à Presidência em 2026.

Ciro e Marconi

Caso Ciro Gomes migre para o PSDB e se lance candidato à Presidência da República, poderá ajudar o ex-governador Marconi Perillo em Goiás. O cálculo é que um presidenciável com a visibilidade de Ciro estimule a formação de chapas competitivas para deputados federais e estaduais.

Sem ataques ao…

…bolsonarismo seria a estratégia que os tucanos pretendem adotar caso Ciro entre na disputa presidencial pelo PSDB. O raciocínio é que, em um eventual segundo turno, a centro-direita precisaria dialogar com os tucanos — a não ser que Ciro vença já no primeiro turno. “Do jeito em que se encontra a direita e o bolsonarismo, todos têm chances de chegar ao segundo turno. O Ciro tem história, preparo intelectual e conhece como poucos o que precisa ser feito no País”, avalia um tucano.

Carrijo articula

Na última eleição municipal, emergiu uma nova safra de prefeitos jovens, preparados e bem formados, muitos graduados em diferentes profissões. São mulheres e homens que acreditam na política como ferramenta essencial para o desenvolvimento social e econômico.

Entre esses players, destaca-se o prefeito de Rio Verde, Wellington Carrijo (MDB). Ele tem dedicado seus finais de semana à articulação com colegas de outros municípios — não apenas do MDB, mas também de outras siglas — na construção de um nome para vice de Daniel Vilela (MDB).

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