Fraga é contra aliança com Ibaneis e pode deixar o PL
Ao contrário da maioria dos políticos brasileiros que não primam pela coerência em suas atitudes e falas, o deputado federal pelo DF, Alberto Fraga (PL), está na contramão deles por ser coerente até demais. Pode-se não gostar do seu jeito duro e assertivo, mas em momento algum ele deixou de trilhar na defesa de suas ideias e conceitos comportamentais. Embora neste atual mandato Fraga se expresse pouco, por se sentir ainda “meio baqueado” com sua pouca votação em 2022, ele falou com a coluna sobre um tema delicado: a eleição no DF em 2026.
“Fiquei calado em relação ao governo de Ibaneis Rocha (MDB) nesses mais de dois anos e meio de sua gestão, mas agora, diante de uma possível aliança do PL com o grupo do governador, resolvi manifestar”, disse.
Para ele, “tem muita coisa errada na gestão Ibaneis e sua vice, Celina Leão (PP), mas o que me preocupa é essa especulação de que existe um acordo ou tratativa para o PL formalizar uma aliança com MDB+PP+PL. Se isso for verdade, e essa negociação estiver sendo conduzida por Michelle Bolsonaro, vou deixar o PL e buscar uma legenda para disputar o GDF”. Fraga afirmou ainda que está muito “imprensado nessas negociações, ou seja, sem espaço político”.
É fato que, concretizada a aliança, a deputada federal Bia Kicis também perde sua vaga na chapa com Michelle Bolsonaro ao Senado. “Parece que Ibaneis quer se perpetuar no poder, por isso aponta seu fiel aliado para vice de Celina. No final de 2030 ele volta a disputar o governo sem problema, pois o aliado está no governo”, imagina Fraga. O deputado conclui: “Fiquei dois mandatos sem fazer oposição a Ibaneis ou ao Governo Federal. Essa atitude me fragilizou na última eleição, por isso fiquei quieto em meu canto, mas agora tenho muita coisa para dizer sobre o governo de Ibaneis”.
Damares governadora, Izalci vice
Nos bastidores da convenção que homologou a federação União Brasil e Progressistas nesta terça-feira (19), em Brasília, algumas lideranças ligadas às duas siglas comentavam que não está descartada a candidatura da senadora Damares Alves (REP) ao GDF. Disse um deles à coluna: “A chapa seria encabeçada por Damares governadora, Izalci Lucas na vice, Michelle Bolsonaro em uma das vagas ao Senado”. A conferir.
‘Colada’ em Ibaneis
Entre as preocupações de Ibaneis Rocha, uma atende pelo nome de Leila Barros, senadora do PDT-DF que busca a reeleição. Em pesquisas recentes, além da baixa rejeição, Leila aparece nos calcanhares do governador. Por isso, Ibaneis tenta o apoio de Michelle Bolsonaro para uma dobradinha em 2026.
Reforço de peso
Caso os planos do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, não consigam trazer o PL para apoiar Celina Leão na disputa para o governo, a nova federação União Progressista (UPb) vai usar toda a sua força para buscar outros aliados. Celina é uma das mais entusiasmadas com a ideia e circulou com desenvoltura no novo aglomerado de poder político do Centrão.
Perdeu, Caiado!
Bem que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tentou, mas o fisiologismo pesou contra sua tese que pedia o desembarque dos ministros da nova federação União Progressista (UPb) do governo Lula. Ao lado dos principais candidatos da direita e centro-direita, Tarcísio de Freitas (REP-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), Caiado só conseguiu como resposta “que não é o momento”.
Lula e o REP
O presidente Lula teve um almoço informal nesta terça-feira (19) com a cúpula do Republicanos, mas ainda não foi desta vez que ele conseguiu extrair um apoio do partido mais evangélico do Congresso. É que, se fecharem com Lula, o presidenciável Tarcísio de Freitas deixa o partido e migra para o PSD ou, possivelmente, o PL.