Demorou, mas, caso não haja entrave, a fusão Podemos+PSDB sai das tratativas para um acordo final entre suas lideranças. Nos bastidores, a data do anúncio oficial, será no final do mês de abril, no entanto, outras legendas sob risco de cair na cláusula de barreira, estão no radar político de Renata Abreu (SP), Aécio Neves (MG) e Marconi Perillo (GO). No PSDB, fala-se muito que o Solidariedade pode federar com a nova força política, mas ninguém confirma.

Sob a condição de anonimato, uma fonte do Solidariedade disse à coluna que, “existem muitos entraves regionais que inviabilizam essa aproximação, além do partido correr risco de perder deputados que não concordam com a federação”. Goiás, por exemplo, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, é um amigo histórico de Ronaldo Caiado, sem contar que o presidente regional, Denes Pereira, é um aliado do governador.

Quanto ao nome do novo partido que passa a ter uma bancada de seis senadores, 33 deputados federais e, por enquanto, dois governadores, Eduardo Leite do Rio Grande do Sul e Eduardo Corrêa Riedel, do Mato Grosso do Sul. O desafio das lideranças da nova sigla é segurar esses governadores e alguns deputados que anunciam deixar o partido.

Republicanos descarta federar

Marconi Perillo bem que tentou inúmeras vezes convencer o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira a federal com o PSDB, mas, pelos mesmos motivos do Solidariedade, às questões regionais travou as conversas. Em Goiás, o Republicanos está na base do governador da dupla, governador Ronaldo Caiado (UB) e seu vice, Daniel Vilela. No Distrito Federal, Marcos Pereira trabalha para indicar a vice de Celina Leão (PP) e passa longe do PSDB.

Hildo federal

O Republicanos trabalha para eleger dois deputados federais e os nomes mais fortes são os do ex-prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango e o deputado estadual, também do Entorno de Brasília, Ricardo Quirino, ligado à Igreja Universal. O ex-prefeito de Anápolis e presidente regional da legenda, Roberto Naves, está entre os candidatos do partido a disputar vaga na Câmara Federal.

Deu ruim, Glaustin!

Avesso a conversar com jornalistas, o deputado federal Glaustin da Fokus deve deixar o Podemos e migrar para um partido da base do governo. Ele sabe que o comando da legenda em Goiás passa para Marconi Perillo. O destino deve ser o UB ou o MDB.

Renato e Adib

Em política, o adversário de ontem pode ser aliado amanhã e vice e versa. Foi com esse espírito de diálogo, que o líder do agro e ex-candidato a prefeito de Catalão, Renato Ribeiro (PL), aceitou o convite de seu adversário na campanha de 2024, Adib Elias (MDB) para “um dedo de prosa”. Renato foi à Seinfra onde Adb é secretário e conversaram sobre os projetos da secretaria e, claro,  política.

Unir forças

“Entendemos durante nossa conversa, que passada a disputa eleitoral, tem que haver uma pacificação política. Eu luto por isso, não é de agora”, disse Renato à coluna na sexta-feira (18). O líder do agro disse que as lideranças de Catalão precisam unir forças para avançar no desenvolvimento do município e da região. “Enquanto Rio Verde cresceu muito mais do que nosso município devido a união de suas forças políticas, Catalão faz o contrário. A gente precisa se unir, respeitando as divergências de ideias”, sintetiza Renato.

PL na base?

Renato Ribeiro acredita que, “mais à frente, deve ter uma definição se o PL será oposição ao MDB ou se vão juntar como apregoam. Eu sou do agro e aliado do presidente da Faeg, José Mário Schreiner e filiado ao PL. Até 2026 vou continuar dialogando com todos e então, dependendo das conversas, definir meu futuro político”, disse enigmático.