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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Fux está cancelado, mas apenas por lacradores

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 13 de setembro de 2025
Foto: Rosinei Coutinho STF
Foto: Rosinei Coutinho STF

É possível que alguém tenha coragem, mas só até o limite do ministro do Luiz Fux. Foi promotor de Justiça e juiz de Direito no Rio de Janeiro, então, cara feia não o amedronta. Nas 13 horas de seu voto na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, durante o julgamento que redundou na condenação de Jair Bolsonaro e sete de seus ex-auxiliares, Fux promoveu o maior festival de olhos arregalados da História do Brasil. Uns de espanto, outros de admiração, a maioria para ver melhor alguém destemido na terra dos iguais.

Depois de ele votar para absolver Bolsonaro, começaram a perseguição e os cancelamentos, porém, apenas pelos lacradores de sempre. Bateu recordes nas redes sociais, a favor e contra, porque o gabinete do ódio não tem recesso nem folga. Youtubers, tiktokers e outros influencers da área de Direito teceram elogios ao divergente. Quem falou mal se restringiu a isso, falar mal, porém sem debater as premissas que apresentou. Até 2021, esse papel era exercido com mais frequência por Marco Aurélio Mello, que discordava até quando o placar estava 10 a zero contra.

A esquerda tentou colar diversos rótulos em Fux, inclusive o de maluco, mas na mesma página saía a foto dele dando aula de jiu-jítsu para policiais do Bope, vídeo dele ensinando magistrado, texto dele no voto irrepreensível. Foi mais ou menos o que ocorreu com o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, quando, numa sessão do Tribunal de Justiça de Goiás, criticou o excesso de força da Polícia Militar. Era também como se comportava o hoje governador Ronaldo Caiado quando era o único da bancada de deputados a recusar o que julgava imoral. Logo passa a campanha contra, mas nunca o orgulho de ser único.

 

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