Goiás, o Estado das muitas capitais
O que não falta em Goiás é município candidato a capital. O Estado talvez seja o que mais acumulou títulos desse tipo nas últimas décadas. Goiânia é a atual; Brasília, a nacional, nasceu de suas terras, assim como Palmas, capital do Tocantins, que também saiu integralmente de Goiás. A antiga Capital, a cidade de Goiás, foi homenageada por Iris Rezende e Ronaldo Caiado, via Assembleia Legislativa.
Outros lugares também reivindicam a condição. Santa Cruz, Rio Verde e, mais recentemente, o distrito de Muquém, em Niquelândia, chegam a receber toda a estrutura estatal durante a Romaria, grandiosa como a de Trindade que, por sinal, também merece o título durante a festa do Divino Pai Eterno.
As possibilidades são muitas. Anápolis, por exemplo, abriga o maior polo farmacêutico do País, no Daia, com fábricas que parecem estar um século à frente do tempo. Tornar-se Capital por um dia ou uma semana seria reconhecer sua força industrial, sua criatividade e o empreendedorismo de seu povo. Não é à toa que dali saíram três governadores atuais, inclusive o próprio Ronaldo Caiado.
Falando nele, o governador tem no Vale do Araguaia um de seus principais redutos eleitorais, em Nova Crixás. A região poderia dividir o mês de julho como Capital simbólica: uma semana em Aragarças, outra em Aruanã além dos distritos de Bandeirante (Nova Crixás) e Luís Alves (São Miguel do Araguaia).
O leque de opções é vasto. Alto Paraíso, Caldas Novas, Jataí e Luziânia se destacam pelo turismo. Até mesmo uma “Capital do Triângulo” poderia ser cogitada, dividida com Minas Gerais, na divisa entre Itumbiara e Araporã, região que já pertenceu a Goiás.
Seriam, enfim, muitas missões para os parlamentares, que teriam oportunidade de representar suas bases de maneira simbólica, em uma Goiás com várias capitais.