Coluna

Governo tenta aprovar PEC da Educação pela quarta vez

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 27 de novembro de 2019

A base do governo tenta pela quarta vez aplicar mudanças no
orçamento da Educação, com a inclusão dos 2% previstos para a UEG na vinculação
constitucional de 25% com ensino. A última alternativa foi iniciada ontem com a
apresentação de emenda em PEC do deputado Zé Carapô (DC), que prevê originalmente
reajustes de servidores da própria Educação. O texto alterado já foi aprovado pela
CCJ. A nova manobra foi necessária depois da confirmação de que a PEC
apresentada pelo líder Bruno Peixoto (MDB) – terceira tentativa – não terá
prazo regimental para ser aprovada ainda neste ano. A matéria foi protocolada
depois de liminar da Justiça que revogou validade da segunda tentativa: uma
emenda jabuti que foi aprovada pela Casa, mas com irregularidades de
tramitação. A primeira emenda, tentada em setembro, foi derrubada internamente
por não ter quantidade mínima de assinaturas.

Prazo finito

A inviabilidade de prazo da PEC da Educação é a mesma que
deverá deixar para 2020 a tramitação da reforma da previdência. O presidente
Lissauer Vieira (PSB) admitiu à Xadrez as limitações do regimento e da
constituição estadual.

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Judicialização

Bruno Peixoto insiste na busca de “soluções regimentais”. O
fato é que, até o fim das sessões ordinárias, no dia 15 de dezembro, só terão
sido cumpridas 9 das 10 exigidas para a tramitação.

Atenção!

Reunião de Caiado com a base na noite de segunda-feira foi
reação à inoperância na Alego. Perdas de prazo ocorreram porque deputados dormiram
no ponto. E houve cobrança.

Emendas

Deputados federais, liderados pela coordenadora da bancada
goiana, Flávia Morais (PDT), definiram destinação de R$ 10 milhões em emendas
de bancada para a Santa Casa de Goiânia, depois de reunião na unidade.

Cada caso

Participaram os deputados Glaustin da Fokus (PSC), Zacharias
Calil (DEM), Francisco Júnior (PSD), além do senador Luiz Carlos do Carmo
(MDB). Todos avaliam também indicar emendas individuais.

Esquentou!

Ofício da Enel, assinado pelo presidente da OAB/GO, Lúcio
Flávio Paiva, serviu de gasolina para o incêndio político mantido por deputados
contra a italiana. O texto afirma que a empresa pode “responsabilizar deputados
por prejuízos”.

Explique

É que a multinacional aponta que o projeto de encampação,
apresentado por Lissauer e Bruno, pode prejudicar os negócios da empresa. Os
dois e outros usaram a tribuna para rebater o que chamaram de “tentativa de
intimidação”.

Nacional

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao
Valor que “não é juridicamente possível” anular o contrato da Enel, como prevê
o projeto apresentado.

CURTAS

– O governador Ronaldo Caiado decidiu mesmo recuar e buscar
meio termo sobre a redução do ICMS do arroz.

– O setor afirma que a queda na taxa de 17% para 7% só
beneficia produto de fora e asfixiaria o beneficiamento local.

– Já o crédito outorgado sobre o etanol anidro
teve acordo fechado e emenda será apresenta ainda nesta semana.