Coluna

Governos de Goiás, DF e Alego preparam ‘decretão’

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 01 de novembro de 2022

Tornou-se uma tradição na gestão pública, o governante eleito ou reeleito, editar um ‘decretão’ exonerando todos servidores que ocupam cargos comissionados e com funções de chefias. Não só no executivo, mas também no legislativo, o mês de dezembro é de apreensões para esses servidores temporários. Muitos buscam os ‘padrinhos’ políticos ou o governante eleito para tentar manter-se no cargo ou no emprego. Nos corredores do Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, o assunto demissão está em todas repartições, não só no executivo, mas também na Câmara Legislativa, a “operação limpa gavetas” está a todo vapor. Em Goiás, não é diferente. Assim como seu colega do DF, governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB), mesmo discretamente, Ronaldo Caiado (UB) tem sido pressionado por lideranças políticas e empresários para manter os apadrinhados onde estão. Caiado já avisou que precisa mexer na estrutura administrativa, afinal, ele tem que agasalhar aliados que contribuíram na sua reeleição no primeiro turno. Na Alego, a expectativa é que os comissionados serão demitidos no mesmo período ou, mais tardar, logo após a eleição da nova Mesa Diretora em fevereiro.

Busca pelo padrinho

Normalmente o tradicional ‘decretão’ ocorre entre final de dezembro e início de janeiro. Caiado deve seguir esse roteiro e, a partir de conversas com os aliados, muitos dos exonerados voltam a fazer parte da administração. O desafio para quem foi indicado por prefeito ou deputado que perdeu a reeleição, é maior. No mesmo Diário Oficial costuma constar as primeiras ações administrativas da nova gestão.

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PSDB cada vez menor

“O PSDB S/A faliu”. Assim expressou o deputado federal reeleito, Aécio Neves sobre o fato de seu partido ter conseguido eleger três governadores, mesmo número de 2018. Eduardo Leite (RS), Raquel Lyra (PE) e Eduardo Riedel (MS). No Senado, não elegeu ninguém e perdeu Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP), na Câmara Federal foi pior: só conquistou 13 cadeiras.

Tucanos depenados

Para especialistas do serpentário político, só uma fusão com outras legendas pode emplumar o depenado PSDB. Por enquanto, o líder da legenda em Goiás está em ‘modo avião’ sobre o futuro.

Vai liderar?

Uma pergunta que passou a circular em Brasília nesta segunda-feira (31) é: depois que deixar a Presidência da República, Jair Bolsonaro vai continuar a liderar os bolsonaristas e a direita ou abandonar o barco? Para pessoas próximas ao presidente, ele está mais preocupado com o fim do foro privilegiado.   

Lula, a incógnita

Ninguém até agora sabe ao certo como será o modelo econômico que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai adotar, Ele prometeu muito para a massa que mais necessita da ação dos governos, mas onde vai conseguir o dinheiro? O déficit das contas públicas beiram os R$ 200 bilhões, portanto, os recursos são escassos.

Não, obrigado!

O ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda declinou do convite feito pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) para assumir a Secretaria de Governo do município. Rodney teria sido indicado pelos Republicanos de Brasília.