Grito pela anistia ocupa as ruas e mostra a força do bolsonarism
As manifestações da direita e dos bolsonaristas mobilizaram, mais uma vez, milhares de pessoas a favor de uma anistia aos “presos políticos do ditador Alexandre de Moraes”. Essa foi a frase mais ouvida neste domingo (7), Dia da Independência do Brasil, nas manifestações verde e amarela, símbolo que se tornou a marca da direita. Ao contrário do que o marketing de Lula havia planejado — fazer do ato cívico nacional um protesto contra as sanções dos EUA ao país — redundou em um fiasco. Faltou povo. Nem o PT e associados conseguiram mobilizar gente suficiente para dar sustentação política ao discurso de soberania massificado pela propaganda oficial de Lula.
Pelas imagens, pode-se avaliar que o Grito pela anistia a Jair Bolsonaro e seus aliados presos mostrou força de mobilização contra o discurso oficial. É tudo que a direita e os bolsonaristas precisavam. Ocorreu na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, praticamente deserta de povo. Em questão de minutos, as redes sociais mostraram praças lotadas de verde e amarelo em contraste com o desfile oficial no coração do poder. Outro ponto que chamou a atenção da mídia foi a ausência dos ministros do STF que, ao contrário de 2023 e 2024, na maioria estavam ao lado de Lula.
A ausência dos ministros togados tem muitas explicações, mas a leitura apurada pela coluna é que o Supremo sinaliza ao mundo, principalmente ao presidente americano Donald Trump, que a Corte não é aliada do petista. Mas, por mais distante fisicamente que pareça o STF, não tem como se desvencilhar do lulopetismo, porque a maioria da Corte são amigos e aliados de Lula. Além disso, o ativismo político do STF desde a eleição de 2022, a perseguição à direita e aos adversários do PT cravou uma desconfiança na Justiça brasileira. Sem contar o nível de corrupção em que, dia sim e outro também, são denunciados, mesmo com boa parte da mídia aliada de Lula.
“Wilder mostra força política”
Novamente, a mobilização da direita e dos bolsonaristas neste 7 de setembro, em Goiânia, reuniu uma multidão que ocupou a Praça do Sol até a Avenida República do Líbano. A tônica dos discursos foi a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, à direita e à religião. “Wilder Morais mostra que é uma liderança consolidada em Goiás, ao reunir tanta gente vinda de várias cidades do estado. Ele é um potencial candidato a governador que vai dar trabalho aos adversários”, disse um dos participantes, vindo de Ipameri. Por ser da base caiadista, pediu para não citar seu nome.
Tarcísio no jogo
“Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Nós não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer.” Destaque na fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), neste domingo, no “Reaja Brasil”, na Avenida Paulista. Sinal claro de que ele entrou na corrida eleitoral para presidente da República.
“Reaja Brasil”
Os manifestantes do “Reaja Brasil”, em Goiânia, portavam cartazes com dizeres: “Anistia já”, “Prisão ao Xandão”, “Fora Lula”, “Anistia já”, entre outros. Muitos participantes vieram de cidades do interior, principalmente em um raio de 100 quilômetros de Goiânia. Além deles, políticos do PL.
Paz selada
O abraço do vereador goianiense Major Vitor Hugo (PL) no senador Wilder Morais, em cima do carro de som, foi lido como um “tudo bem entre ele e a executiva do PL”. As relações entre Vitor Hugo e a cúpula do PL estavam estremecidas desde o episódio de aproximação com o MDB, mas agora seguem unidas.
Bia Kicis se destaca
A deputada federal pelo Distrito Federal, Bia Kicis (PL), se destaca no parlamento e, agora, mais ainda ao manter um trabalho consistente na CPMI do INSS. A parlamentar tem se dedicado integralmente à luta pelas pautas bolsonaristas e ao combate à corrupção “no governo petista”. Entre suas bandeiras estão a “anistia ampla aos presos do 8/1/2023, fim do foro privilegiado, impeachment de ministros do STF e liberdade de opinião/expressão”.