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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Indústria “anda de lado” em abril e varia 0,1% em relação a março

Lauro Veiga Filhopor Lauro Veiga Filho em 4 de junho de 2025
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A produção industrial parece ter entrado em “modo estagnação” neste começo de segundo trimestre, como mostram os dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua pesquisa mensal sobre o desempenho da atividade na indústria brasileira. A produção, que havia crescido 1,2% em março, variou apenas 0,1% em abril, na comparação com o mês anterior, já descontados efeitos sazonais, ou seja, descontados fatores e eventos que sempre se repetem numa mesma época todos os anos – a exemplo dos feriados da Semana Santa e de Tiradentes, que neste ano caíram, respectivamente, na sexta, 18, e na segunda-feira, 21 de abril.

Apesar de ter apresentado números positivos entre janeiro e abril, depois de três meses de baixas consecutivas, o ritmo tem deixado a desejar, com a
atividade industrial literalmente “andando de lado”. O volume produzido pela indústria em abril, por exemplo, ainda na série com ajuste sazonal,
mantinha-se praticamente nos mesmos níveis registrados pela pesquisa do IBGE em junho do ano passado, enquanto a indústria de transformação, que recuou 0,5% na saída de março para abril, chegou a anotar baixa de 1,1% frente a junho de 2024.

Na análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), “taxas de juros em elevação, incertezas externas e internas na condução de política econômica e fatores climáticos [no caso do setor de açúcar e etanol], mesmo que pontuais, vêm contribuindo para isso”. Ainda na virada de março para abril, o setor mais afetado foi o de produção de bens semi e não duráveis, que apresentou baixa de 1,9% depois de avançar 2,8% de fevereiro para março.

Resultados alternados

Ainda entre os chamados “macro setores”, a indústria de bens de capital reverteu a baixa de 0,5% observada em março e cresceu 1,4% em abril, sempre em relação ao mês imediatamente anterior, enquanto a fabricação de bens intermediários, segmento classificado pelo Iedi como “o núcleo
duro do sistema industrial”, subiu 0,7% em abril, na terceira alta mensal em sequência (depois de anotar baixa de 1,5% em janeiro e avanços de 0,9% e de 0,5% respectivamente em fevereiro e março). O setor de produção de bens duráveis apresentou desaceleração em abril, quando anotou variação de apenas 0,4% depois de crescer 3,8% em março. O desaquecimento veio embalado pelas montadoras de veículos, que saíram de uma alta de 4,1%
em março para experimentarem variação de 1,0% em abril.

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