Indústria goiana quebra recorde ao crescer 16,6% em novembro
O volume da produção realizada pela indústria goiana em novembro do ano passado alcançou o seu nível mais elevado em toda a série de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já dessazonalizados – ou seja, depois de desconsiderados aqueles fatores que ocorrem sempre nos mesmos períodos a cada ano e que poderiam […]
O volume da produção realizada pela indústria goiana em novembro do ano passado alcançou o seu nível mais elevado em toda a série de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já dessazonalizados – ou seja, depois de desconsiderados aqueles fatores que ocorrem sempre nos mesmos períodos a cada ano e que poderiam distorcer a comparação. O recorde veio sustentado principalmente pela fabricação de produtos alimentícios, setor favorecido também pelo avanço das exportações ao longo de 2023, e pela escalada aparentemente impressionante da produção de artigos do vestuário – um segmento que havia mergulhado em aparente depressão nos meses anteriores, com perdas severas na produção, apresentando nítidas dificuldades para engrenar alguma reação.
Os dados dessazonalizados mostram que a produção em toda a indústria estadual avançou 3,3% na saída de outubro para novembro, no sétimo resultado positivo nesse tipo de comparação. Entre abril e novembro, a produção chegou a crescer 14,3%. Considerando idênticos períodos do ano anterior, a produção anotou salto de 16,6% em novembro, terceiro melhor resultado entre os Estados acompanhados pelo IBGE. A produção industrial vem crescendo, nesse tipo de comparação, desde maio, alcançando, portanto, o sétimo avanço mensal consecutivo.
O resultado acumulado nos 11 meses iniciais de 2023 passou a indicar um incremento de 4,9% diante de idêntico intervalo de 2022, enquanto o restante da indústria brasileira continuava a enfrentar uma estagnação, numa variação de apenas 0,1% no dado acumulado até novembro. A estrutura da indústria goiana e o perfil de sua produção, concentrada em bens de origem agropecuária e de baixa complexidade e intensidade tecnológica, explicam os resultados mais alentados, num ano de produção agrícola histórica.
Alimentos e metais
Apenas para registro, a contribuição da indústria de bens alimentícios para o crescimento da produção total do setor industrial em Goiás superou levemente a marca de 46,0% em novembro, quando o setor anotou elevação de 17,8% frente ao mesmo mês de 2022, e atingiu algo próximo a 74,1% no acumulado dos primeiros 11 meses do ano passado, refletindo um avanço de 8,5% na fabricação de produtos alimentícios. Ainda para comparação, os demais setores da indústria, excluindo-se o setor de alimentos, acumularam um avanço de 1,27% entre janeiro e novembro do ano passado, comparado aos mesmos 11 meses de 2022. A metalurgia, com a contribuição da produção de ligas de ferroníquel e de ferronióbio, chegou a tropeçar em novembro, em baixa de 2,4%, mas encerrou o período de 11 meses em alta de 18,4%, respondendo por pouco mais de um quinto do crescimento da indústria como um todo.
Balanço