Injustiças com denúncias de MP e PF vitimam de ministro a lavrador
Por diversos meses, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA) foi acossado por acusações. Na mídia e órgãos oficiais. Dia e noite. Atribuíam-lhe cinco crimes, inclusive organização criminosa, antiga formação de quadrilha. Sua família também foi altamente perturbada pelos pistoleiros da honra. Afastaram da Prefeitura de Vitorino Freire (MA) sua irmã Luanna Rezende. Enquanto ele não caiu, não lhe deram sossego.
Voltou à Câmara dos Deputados e só agora o Ministério Público Federal pediu o arquivamento. Quando o denunciante desiste, na prática, declara-se a inocência do caluniado, difamado, injuriado. E agora? Quem vai pagar pelas agressões à sua honra? Pelo menos, é uma vítima rica, despencou do 1º escalão federal para seu mandato no Congresso Nacional. E quando essas injustiças são contra lavradores, pedreiros, vendedores ambulantes? Acontece demais. E nada acontece, nem demais nem de menos, com os autores dos delitos.
Ficam por isso mesmo os abusos de autoridade de policiais, integrantes dos Ministérios Públicos e do Judiciário. Ninguém deleta das redes sociais as covardias. Os memes ofensivos. As conversas entre conhecidos, as fofocas nos bares… isso nunca volta, não há como deixar de ter ouvido, visto ou lido. Não se muda o passado. Mas é possível transformar o futuro: basta punir com rigor (cadeia, demissão a bem do serviço público, leilão de bens para indenizar) os criminosos que veem nos outros o mal trazido consigo