Investimento estrangeiro reage e acumula alta de 28% em três meses
Depois de recuar entre fevereiro e outubro do ano passado, em comparação com os mesmos meses de 2022, o investimento estrangeiro direto passou a reagir a partir de novembro e acumulou, no trimestre encerrado em janeiro deste ano, um aumento de 27,94% frente ao mesmo período finalizado em janeiro de 2023. Com destaque para o […]
Depois de recuar entre fevereiro e outubro do ano passado, em comparação com os mesmos meses de 2022, o investimento estrangeiro direto passou a reagir a partir de novembro e acumulou, no trimestre encerrado em janeiro deste ano, um aumento de 27,94% frente ao mesmo período finalizado em janeiro de 2023. Com destaque para o investimento em participação no capital, envolvendo a injeção de recursos em dólares em filiais, subsidiárias, empresas brasileiras associadas ou na compra de empresas que já operavam aqui dentro. O resultado, bem mais favorável do que no período anterior, considerando a série estatística divulgada mensalmente pelo Banco Central (BC), e sugere uma aparente mudança de tendência nesta área – a ser confirmada (ou refutada) pelo desempenho do investimento estrangeiro nos próximos meses.
No intervalo entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, grupos estrangeiros investiram aqui dentro em torno de US$ 12,597 bilhões, avançando para US$ 16,117 bilhões no trimestre encerrado em janeiro deste ano, num acréscimo de US$ 3,520 bilhões. Apenas em janeiro deste ano, quando o investimento estrangeiro direto alcançou US$ 8,741 bilhões, o crescimento chegou a 33,82% frente a US$ 6,532 bilhões no mês inicial de 2023. Mais claramente, dois terços do avanço registrado no trimestre analisado ficaram concentrados em janeiro.
Para comparação, reforçando a hipótese de uma mudança de tendência no período mais recente, o investimento direto no País havia perdido um terço de seu valor no acumulado entre fevereiro e outubro do ano passado em relação aos mesmos nove meses de 2022, despencando de US$ 64,503 bilhões para US$ 43,385 bilhões – uma perda de US$ 21,118 bilhões. Como mostram os números, ainda resta um caminho longo até a retomada do investimento ao mesmo ritmo registrado antes de março do ano passado.
Em janeiro deste ano, o investimento direto foi puxado pelo investimento em participação no capital, que saltou 66,56% em relação ao mesmo mês de 2023, subindo de US$ 4,004 bilhões para US$ 6,669 bilhões, num ganho de US$ 2,665 bilhões. O investimento entre companhias somou US$ 2,072 bilhões, num tombo de 18,02% em relação a US$ 2,527 bilhões em janeiro de 2023, num recuo equivalente a US$ 455,349 milhões.
Sinais inversos
A tendência de baixa neste último setor persiste ao longo do trimestre analisado aqui. As estatísticas do BC mostram que o investimento entre companhias de um mesmo grupo havia atingido US$ 4,832 bilhões entre novembro de 2022 e janeiro do ano seguinte, despencando para US$ 1,713 bilhão no trimestre encerrado em janeiro deste ano, o que correspondeu a uma retração de 64,55%. A maior contribuição para a queda veio do investimento entre empresas irmãs, que havia se aproximado de US$ 2,559 bilhões no trimestre concluído em janeiro do ano passado. A conta ficou negativa em US$ 77,424 milhões até janeiro deste ano, significando que as empresas aqui dentro remeteram a suas “irmãs” lá fora mais dólares do que receberam a título de investimento. Numa sinalização diametralmente inversa, considerando os mesmos períodos, o investimento em participação saltou 85,52%, avançando de US$ 7,764 bilhões para US$ 14,404 bilhões (ou seja, US$ 6,640 bilhões a mais).
Balanço