Coluna

José Vitti justifica indicação, mas admite desgaste político

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 13 de abril de 2018

Por ampla maioria (30 a 2) o plenário da Assembleia
Legislativa aprovou ontem a indicação do ex-secretário de Articulação Política
e cunha do ex-governador, Sérgio Cardoso, para vaga de conselheiro do Tribunal
de Contas dos Municípios (TCM). O posto foi aberto pela aposentadoria de Tião
Caroço, que se filiou ao PP e será candidato a deputado estadual. A indicação
tem sido criticada por parlamentares e pré-candidatos da oposição, que aponta
aparelhamento dos órgãos de fiscalização do estado com aliados dos tucanos e
prometem debate sobre o tema na eleição deste ano. O presidente da Casa, José
Vitti (PSDB), admite o desgaste. “Por ser a indicação do cunhado do
ex-governador, com certeza traz desgaste político tanto para o atual governador
(José Eliton), quanto para o ex-governador”, afirma. Apesar disto, Vitti aponta
que “não se pode penalizar ninguém pelo grau de parentesco, apesar deque
cunhado não parente, né? Entendo que o Sérgio tem uma trajetória de muito
trabalho pelo estado de Goiás e fidelidade ao governador”, alega o tucano.

Tentou?

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O deputado José Nelto (Podemos) apresentou voto em separado
na CCJ na votação da indicação, mas foi desconsiderado. Pediu a extinção do TCM
e agora promete debate intenso na campanha, pelo senador Ronaldo Caiado (DEM).

Vaga da Casa

“A indicação é prerrogativa do governador, mas,
historicamente, deputados amigos do governo aqui é que são indicados. Foi o que
ocorreu com o próprio Tião Caroço, que agora se aposentou”, reclamou Luis César
Bueno (PT).

Sem conversa

O deputado federal e pré-candidato ao governo estadual, Daniel
Vilela (MDB), descartou, mais uma vez, a possibilidade de aliança com o senador
Ronaldo Caiado (DEM), também pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas. Daniel
falou à Rádio Brasil Central, em Brasília. “Nós não temos conversado. Está
bem claro que haverá duas candidaturas”, disse o parlamentar. “Cada um segue
construindo sua aliança”, completou. A união foi tentada pela última vez pelo
prefeito de Goiânia, Iris Rezende, que realizou conversa com ambos e tentou
aparar arestas e convergir os dois projetos em plano único para a eleição. Saiu
desanimado. De lá para cá, Caiado intensificou articulações e aproveitou a
janela partidária para reforçar a aliança prévia em torno de sua pré-candidatura,
com destaque para a formação de chapas proporcionais a deputado estadual e
federal. Do outro lado, Daniel e o MDB seguem isolados, mas têm tempo para
alinhavar alianças. Na mira mais próxima estão PP e PRTB, que também são
cotejados pelas bases governista e caiadista.

CURTAS

Juntos – Ainda
com baixa intenção de voto na disputa à presidência, Henrique Meirelles (MDB)
reforçou apoio a Daniel, em Rio Verde: “Acreditamos muito nele”.

Fotografia – A
mostra fotográfica comemorativa dos 70 anos da OVG está em exposição no Flamboyant
Shopping Center até o dia 26 de abril.

Ufa! – O
Sindiposto aponta que donos de postos de combustíveis compraram etanol mais
barato nas distribuidoras e repassaram desconto de R$ 0,20 para o consumidor.

Economia

O governador José Eliton debateu em Anápolis, com
integrantes do Fórum Empresarial, a adoção de um novo modelo de atração de
investimentos para Goiás, após a pacificação nacional do assunto com a convalidação
dos incentivos fiscais.

Entre as propostas está a transformação do município em grande
polo nacional de defesa (Condefesa), tendo como ponto de partida a experiência
de já abrigar uma base aérea nacional.

No cargo

Sérgio Cardoso foi “sabatinado” (sem ouvir qualquer
pergunta) na CCJ e fez questão de acompanhar pessoalmente as votações que
confirmaram sua indicação ao TCM. Já toma posse hoje no cargo.

Angariando apoios

Na guerra para conseguir vaga na chapa da base ao Senado,
Demóstenes Torres (PTB) espera receber o apoio de partidos que reforçarão pedido
em favor do pleito político do procurador.

Começou

O primeiro partido a anunciar apoio ao ex-senador é o
Solidariedade, comandado em Goiás pelo ex-deputado Armando Vergílio. O próximo
na mira de negociações de Demóstenes é o PROS, do deputado estadual e
pré-candidato a federal, Lincoln Tejota.

Bolso

A equipe econômica do governo federal, comandada pelo
ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, estimará, no projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), um salário mínimo de R$ 1.002. Atualmente, o valor é de R$
954.