Coluna

Líder do MDB orientará bancada para votar pela oposição

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 11 de outubro de 2019

A liderança do MDB na Assembleia Legislativa, exercida pelo
deputado Henrique Arantes a partir desta semana, não será apenas simbólica. O
parlamentar pretende colocar em prática orientação do presidente regional do
partido, ex-deputado Daniel Vilela, e exercer o direito regimental de orientar
a bancada em votações no plenário e em comissões – principalmente em matérias
do governo estadual. “A minha função aqui é refletir a vontade das lideranças
do MDB em Goiás, foram escolhidas nas urnas para a oposição ao atual governo”,
afirma. A questão é que Henrique é minoritário na bancada, já que Paulo César
Martins, Humberto Aidar e o líder caiadista, Bruno Peixoto, votam com o
governo. “Vou orientar os votos, mas o que me foi passado é que a bancada tem
liberdade se quiser ser oposição ou se votar com o governo. Eu não vou ter
autonomia para fechar questão”, admite Arantes.

Na pauta

A Assembleia Legislativa deve responder à pressão de
empresário contra a CPI dos Incentivos Fiscais com adoção de maior agilidade na
tramitação dos projetos apresentados pelo relator, Humberto Aidar (MDB).

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Andamento

Estão na CCJ os textos que definem o fim dos benefícios
fiscais para o setor de varejo, que afeta grandes Centros de Distribuição, e o
fim do crédito outorgado de 60% sobre o ICMS para comercialização de etanol
anidro.

Jogo duplo

Alguns dos deputados que se solidarizaram com o relator
ligaram depois para empresários para contemporizar. Antes do embate, tiveram
até almoço cordial.

Sem tempo

Além de Goiás, o Rio Grande do Sul também não pretende
esperar PEC paralela para retomar estados e municípios na reforma da
previdência. Os gaúchos também preparam projeto próprio de reforma.

Indefinido

“Não sabemos quando essa reforma vai sair”, afirmou a
secretária de Economia ao Valor Econômico. A previsão é de envio ainda neste
mês do projeto de reforma estadual à Assembleia Legislativa.

Impacto

A economista carioca aponta que a reforma é mudança
estrutural importante para o reequilíbrio fiscal do Estado. O déficit
previdenciário é de R$ 2,9 bilhões anuais. O impacto da reforma seria de R$ 4
bilhões em dez anos.

Correção

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou redução para
60 anos a idade em que beneficiários do INSS fiquem livres de cobrança do
imposto de renda. Projeto de autoria do senador Jorge Kajuru (Cidadania).

Novo limite

O projeto eleva o teto para R$ 5,8 mil. Pela regra atual, só
fica isento quem tem 65 anos e rendimento de até R$ 1,9 mil. Vai para a Comissão
de Assuntos Econômicos.

CURTAS

– Os deputados Glaustin da Fokus (PSC) e Major Vitor Hugo
(PSL) se reuniram com o Secretário-Geral da OCDE Carlos Cozendey.

– “Muita coisa boa está por vir. É uma questão de tempo para
que o nosso Brasil integre a OCDE. Temos certeza disso!”, tuitou Glaustin.

– O otimismo deixou de encontrar eco nas
orientações do presidente dos EUA, Donald Trump.