Luiz do Carmo fora da disputa ao Senado ajuda Mendanha

Força da máquina pública, apoio de quase uma dezena de partidos e mais de 150 prefeitos, faz de Ronaldo Caiado (União Brasil) o favorito na corrida rumo à reeleição. Para reforçar a viagem até às urnas, ele sustenta a estratégia de não indicar nenhum dos nomes de sua base ao Senado. Para Caiado, o dano colateral será menor se mantiver candidaturas avulsas dos aliados que desejam disputam o Senado. É esta estratégia que vai ceifar as pretensões de Lissauer Vieira (PSD) e agora, Luiz do Carmo (PSC) que é dado como certa sua desistência. Conforme o apurado pela Xadrez, ‘Do Carmo’ não conseguiu unir os votos da Assembleia de Deus e outros segmentos religiosos. Os poucos apoios que lhe restam não é suficiente para bancar uma candidatura que vai na contramão de seu eleitorado. A maioria quer Gustavo Mendanha (Patriota) já que ele é da mesma congregação assembleiana da qual já foi até líder da juventude cristã. Portanto, o maior beneficiário da desistência de Luiz do Carmo é Gustavo Mendanha e menos Ronaldo Caiado. No mesmo caminho, encontra-se o presidente da Alego, Lissauer Vieira que não conseguiu, até agora, a tão sonhada vaga na aba do chapéu Caiadista. A última saída é buscar a vice de Mendanha, mas tem um problema: o que fazer com o presidente regional do PSD, Vilmar Rocha?

Quem erra muito…
“Luiz do Carmo é um bom senador e tem ajudado quase todos os prefeitos dos 246 municípios goianos, mas só isto não basta”, observa um prefeito que recebeu emendas parlamentares dele. E explica: “Se ele tivesse ‘amarrado’ apoios para disputar vaga na Câmara Federal juntos as essas lideranças, seria um dos mais votados e ajudaria seu partido. Errou muito ao insistir na reeleição atropelando o governador”, conclui.

… tem poucas opções
Mesmo tendo contratado um marqueteiro caro como Paulo Moura, não foi o suficiente para convencer seu eleitorado que é melhor do que João Campos (Republicanos). Luiz do Carmo sabe que só lhe resta três alternativas: ser suplente na base caiadista, não disputar nada ou buscar vaga de deputado federal.

Ruim para Marconi
Com Luiz do Carmo fora da corrida ao Senado, a esperança do PSDB em tê-lo na chapa majoritária vira fumaça, com isso, as atenções se voltam para o PSD de Vilmar Rocha. O problema não é Vilmar, mas Lissauer que não aceita se aliar ao tucanato e também resiste em ir com Mendanha. Neste empasse, Marconi Perillo fica sem muitas alternativas para vice e o Senado.

Vale a pena arriscar?
As próximas pesquisas vão determinar o caminho que Marconi Perillo vai trilhar: seguir na disputa ao governo ou disputar vaga na Câmara Federal? Nunca é demais lembrar que no dia 16/7 ele teve carta branca do partido para, se necessário, fazer alterações na majoritária. Fica no ar a pergunta: vale correr o risco de perder ou é melhor disputar vaga para deputado federal e ‘puxar’ pelo menos mais dois?

Alckmin nos calcanhares
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) delegou ao seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) ‘garimpar’ aliados na direita e centro-direita. Não é à toa que ele vem a Goiás logo depois de Jair Bolsonaro aportar por aqui no dia 29. Alckmin deve tricotar prosa com gente do agronegócio e também com o tucanato. Na seara política, é possível um café com Marconi Perillo.

Prefeitos mobilizados
Prefeitos que apoiam a reeleição de Ronaldo Caiado começam a se movimentar promovendo, inicialmente, reuniões com aliados em seus municípios e comissionados de primeiro escalão. A ideia é afinar o discurso para enfrentar as ruas e, em alguns casos, as críticas da população.