Lula 3 cumpre o prometido e dá uma banana ao mercado

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manter-se firme no leme do transatlântico Brasil, é possível que em 2024 os 62,5 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, conforme pesquisa recente do IBGE, volte a comer a tão desejada picanha. Mas, não existe almoço grátis ou ganho sem dor e sacrifício. Na rota desse navio o que não faltam são prenúncios de tempestades. Começando pela mais agressiva e com poderes invisíveis que atendem pelos nomes de capital financeiro ou simplesmente ‘mercado’, a extrema direita despertada pelo bolsonarismo e os fisiologistas do ‘centrão’ que dominam o Congresso. Nenhuma dessas tempestades devem ser subestimadas e vão exigir de Lula e seu timoneiro da economia – oficializado nesta sexta-feira (9) –, Fernando Haddad mais do que habilidades na condução do barco, mas a capacidade de convencer os passageiros da nau Brasil que podem confiar na rota traçada. Lula pode não ser o presidente que milhões de brasileiros não queriam, no entanto, foi eleito e a regra democrática é clara: o vencedor leva. Mas, tem que se reconhecer que Prometeu durante a campanha que não atenderia os donos da ‘bufunfa’ ou que não seria guiado pelos rentistas e banqueiros. E mais, que não repetiria o erro que cometeu em seus mandatos entre 1º de janeiro de 2003 e 1° de janeiro de 2011, entregando a condução da economia do país a Antônio Palocci, um “homem da preferência do mercado”. Ele não brincou quando disse que ele dará a última palavra nos rumos da economia, mesmo Haddad sendo o timoneiro. O Lula 3 deu uma banana ao ‘mercado’ e nomeou um ministro que vai ouvi-lo e não só escutar.

Haddad bom para 2026?

A escolha de Haddad para comandar a economia tem algumas nuances que vão além dos fundamentos políticos Por ser da cota pessoal de Lula e se sair bem na recuperação econômica e social do país, Haddad passa a ser o candidato natural do PT em 2026. Lula já deixou claro à cúpula do partido que não disputa a reeleição, portanto, se Haddad fizer bem o dever de casa, pode repetir Fernando Henrique Cardoso e ser eleito presidente da República. A conferir.

“Não sou candidato”

Reação do deputado estadual Wilde Cambão (PSD) ao ser procurado pela Xadrez sobre informação veiculada no Jornal Opção de que ele, juntamente com o atual presidente da Alego, tramam uma chapa. “Desafio qualquer de meus colegas deputados a dizer que eu pedi voto ou disse que sou candidato. Sigo fielmente a orientação do governador para não tocar nesse assunto até janeiro”, disse Cambão.

Intrigas de bastidores

Cambão acrescentou que nunca conversou com Lissauer Vieira eleição da Mesa Diretora e muito menos sobre candidatos. “Até agora não entendi porque meu nome foi arrolado nessa intriga de bastidores. Qual é o interesse em me envolver numa conspiração que afronta a recomendação do governador da qual sigo fielmente? Sou um homem de palavra e cumpro acordos e compromissos”.

Choque no bolso

De acordo com uma prévia feita pelo Grupo Técnico (GT) de Minas e Energia do gabinete de transição instalado no CCBB, em Brasília, Lula vai herdar um rombo de R$ 500 bilhões que serão repassados aos consumidores n seu governo.

Ônibus de graça

Existe uma discussão dentro do MDB nacional comandado pelo deputado Baleia Rossi, encapada pela bancada do Distrito Federal que zera a tarifa para o transporte de ônibus. O projeto já funciona em 40 cidades brasileiras, mas para ser implantado, teria um custo muito alto aos cofres dos estados.