Lula, Bolsonaro, STF e o Congresso emperram o País


A democracia brasileira necessita de um choque de realidade que a faça voltar ao leito natural, tendo como centro de gravidade, a população e não o poder pelo poder ou a próxima eleição. Enquanto perdurar essa polarização entre o lulopetismo e o bolsonarismo, o País vai continuar empacado, ora pelo Congresso, STF ou pelas narrativas ideológicas perpetradas pelo PT e associados. O presidente Lula venceu a eleição, mas não ganhou o país, pelo contrário, se afastou do Brasil real e não desceu do palanque eleitoral.
Por sua vez, Jair Bolsonaro (PL), perdeu a disputa, mas não se conforma com a derrota e insiste em se colocar como vítima do sistema. Para isso, mantém mobilizada sua trupe em coro “volta Bolsonaro”, mas no caminho tem o STF que, pelo histórico de condenações aos bolsonaristas, formou jurisprudência de vingança. Basta uma olhada rápida nos processados pela e condenados pela Suprema Corte. A maioria são bolsonaristas, acusados, julgados e presos pelo mesmo grupo de juízes. Esse desequilíbrio democrático, engessa qualquer investidor a arriscar seu capital, a médio e a longo prazo em um ambiente político tão contaminado.
A democracia da vez simbolizada institucionalmente pelo presidente Lula, do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), da Câmara, Hugo Motta (REP-PI), por Luís Roberto Barroso, do STF e, sem ter poder institucional, mas influente, Jair Bolsonaro (PL), entrou em um redemoinho. Não se discute mais o que é importante para a população, mas o que interessa aos grupos nos três poderes. O tão propalado equilíbrio entre os Poderes da República, não passa de uma ficção com reflexos nocivos ao conjunto da população.
Bolsonaro luta em duas frentes
O ex-presidente Jair Bolsonaro Lula em duas frentes: uma política e outra no campo da justiça. Ele sabe que não tem como escapar de uma condenação pelo STF, isto porque, ninguém duvida que ele já foi condenado pela maioria dos ministros do STF. A outra frente, diz respeito a seu apoio a um candidato a presidente da República da direita. Bolsonaro insiste em ter um de seu clã candidato e forçar uma aliança no segundo turno.
Centrão é contra
O problema nessa estratégia de Bolsonaro é o Centrão que, busca seu apoio, mas renega apontar um de seu clã como vice em um provável segundo turno. Esse impasse pode favorecer a candidatura à reeleição de Lula que, mesmo mal avaliado, ainda é um forte concorrente.
Zé e Sales
Circula vídeo do presidente da Goinfra, Pedro Sales ao lado do presidente da Faeg, José Mário Schreiner em anúncio da conclusão de uma rodovia. Embora Zé Mário não tenha feito nenhuma fala, sugere que ele apoia a caminhada de Pedro Sales em busca da Câmara Federal.
Marussa na trilha
Por seu lado, a deputada federal, Marussa Boldrin (MDB) trabalha em vários municípios em busca de novos aliados em apoio à sua reeleição. “Continuo municipalista e sempre leal ao Zé Mário, seguindo em defesa do agro de políticas públicas que melhore a qualidade de vida das pessoas, seja nas cidades ou no campo”, disse à coluna.
Socialismo, não
A onda de federações, fusões e mudanças de nomes nos partidos, seguem a tendência de se afastar do estigma “esquerda” ou “socialista”. Até o PSB quer mudar de nome e se chamar Movimento, além disso, vai manter distância da federação com o PT. Deve seguir o modelo do DF em que o PSB tenta federar com PDT e Cidadania.
Fim do PSDB
Uma das derrocadas do PSDB ao longo de sua história foi ficar em cima do muro, ou seja, nem era oposição ao PT ou muito mesmo aliado. O resultado foi a perda de identidade com a população, mas com a fusão/federação com o Podemos, pretende mudar o nome para Moderados. Sugere que continua meio ‘murista’, já que ‘moderado’, significa nem à direita ou muito menos à esquerda.