Digamos que Vanderlan Cardoso pese 100 quilos. Se depender do presidente Lula, o senador vai ficar com 50. Não apenas ele: os partidos infiéis ao governo vão perder os cargos em Goiás, como nos demais Estados. O mais reluzente é a Codevasf, uma companhia criada para beneficiar o paupérrimo Vale do São Francisco que a corrupção tornou um monstro de R$ 2 bilhões e 140 milhões para alcançar o Vale do Meia-Ponte e até o Rio Piripau, no Nordeste goiano. Vanderlan manda na Codevasf, mas é do PSD, que tem ministérios e trocentos traíras dos petistas nas votações.

A ordem de Lula para Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, é passar a canetada – não de BIC, que nomeia, mas de Ozempic, que acaba com a gordura de quem votou contra a arrecadação, a MP do IOF. Quem é de sigla governista e escolheu o caminho contrário: Adriano do Baldy (PP), Marussa Boldrin (MDB) e Zacharias Calil (UB), além de Célio Silveira (MDB), Ismael Alexandrino (PSD), José Nelto e Silvye Alves (UB), que não votaram.

Os expurgos, conhecidos como passaralhos, vão atingir também Caixa Econômica, Iphan, Dnit e o Ministério da Agricultura. Como estão no Governo Caiado, quase não sobrou filiado de UB, MDB, PP e PSD para Lula usar a BIC nem agora pra Ozempic. O PT abraçou tudo. No Iphan está Gilvane Felipe, ex-secretário de Marconi Perillo que rompeu com o Cidadania para apoiar Lula. O chefão do Dnit-GO, Flávio Prates, veio do MDB do DF, onde tinha cargo no Governo Ibaneis. Superintendente da CEF vai escapar da foice por ser indicação do PT.