Maioria do PIB econômico vê Tarcísio como opção para pacificar o país
Reza a lenda urbana que “os governos do presidente Lula sempre olham para dois segmentos: os rentistas que estão na Faria Lima – centro financeiro do país – e o andar de baixo da pirâmide social”. A classe média é olhada com desdém, basta ver que, dos 215 milhões de brasileiros, 94 milhões recebem algum benefício federal, estadual ou municipal.
Basta analisar as pesquisas para perceber que, quanto menos informação e escolaridade o cidadão possui, mais ele defende o lulopetismo. Quanto mais alto é o nível de escolaridade do cidadão, maior é a rejeição ao PT. Essa é a origem da polarização que inferniza a vida dos brasileiros e que mantém o país em permanente campanha política.
Sem Jair Bolsonaro como “o inimigo a ser combatido”, a esquerda e associados miram sua artilharia no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP). Ele é o principal nome da direita e centro-direita e o único com capacidade para aglutinar o bolsonarismo e o Centrão – dois espectros políticos que têm tudo para definir a eleição presidencial de 2026.
Além dessa força, uma parte considerável do empresariado brasileiro, principalmente de São Paulo, considera apoiar Tarcísio para presidente. Junto a eles, banqueiros e operadores de ativos econômicos veem com simpatia essa candidatura que pode quebrar a polarização.
A coluna conversou com um dos expoentes do empresariado paulista, José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e presidente do Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo), sobre a expectativa de Tarcísio vir a disputar a presidência da República.
Ele disse à coluna que o empresariado, de modo geral, é pragmático e não olha qual liderança política será eleita ou que espectro ideológico representa. “A gente olha para o andamento da economia. Afinal, se a inflação é menor e os juros são baixos, todos ganham. Tarcísio é um bom nome e tem a aprovação da maioria dos paulistas”, sintetiza Roriz.
Estado voraz quebra empresas
Questionado sobre a voracidade do governo Lula em arrecadar mais impostos, José Roriz pontuou que “se o Estado aumenta seu apetite por mais impostos, acaba por inviabilizar setores da economia que não têm como repassar para o consumidor”.
Sem poupança interna, o governo recorre aos bancos para cobrir seu déficit público e, nessa espiral, vêm a inflação e os juros altos.
Morrer preso
A pacificação do país será um dos desafios mais custosos em termos políticos e de convivência civilizatória. Isto porque o ministro Alexandre de Moraes, na prática, condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a morrer na prisão.
Mesmo que ele venha a permanecer em prisão domiciliar, sua saúde frágil e as constantes ameaças de ser jogado em uma cela devem agravar seu estado de saúde.
Sem indulto
Por mais movimentos políticos que os bolsonaristas e aliados de Bolsonaro façam, nada pode mudar o desejo de vingança da esquerda e de Alexandre de Moraes.
Nem a Corte Internacional pode mudar o resultado do STF e muito menos a pressão de Donald Trump. Moraes deixou claro em seu discurso no julgamento que ele e sua turma vão continuar a cruzada contra os bolsonaristas e a direita.
Simone guerreira
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou, por unanimidade, o usucapião coletivo em favor de cerca de 350 famílias do Setor Nova Esperança, em Jataí (GO).
Essa ação se deve, em parte, à tenacidade da ativista das causas sociais, advogada Simone Oliveira Gomes, e de Layla Milena Oliveira Gomes.
Há vários anos elas lutam para que as mais de 2 mil famílias que moram no local conseguissem a titularidade de usucapião coletivo.