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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Maioria não quer eleger ninguém alinhado com PT ou Bolsonaro

Wilson Silvestrepor Wilson Silvestre em 23 de agosto de 2025
Maioria não quer eleger ninguém alinhado com PT ou Bolsonaro Foto: Takeshi Gondo
Maioria não quer eleger ninguém alinhado com PT ou Bolsonaro Foto: Takeshi Gondo

Um detalhe que poucos veículos de comunicação destacaram em suas análises sobre a pesquisa Genial/Quest, divulgada nesta sexta-feira (22), chama a atenção: a maioria do eleitorado não deseja eleger um governador identificado com o PT/Lula e aliados de esquerda, nem com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Embora o eleitorado de Goiás seja majoritariamente de direita, com muitos bolsonaristas — principalmente ligados ao agronegócio —, o fato é que a polarização já exauriu a paciência de quem trabalha e produz. Para esse público, pouco importa o campo político: a prioridade é simplesmente “tocar a vida”.

Outro ponto singular da pesquisa mostra que Goiás é o estado mais bolsonarista do país. Por isso, a preferência por um nome ligado ao ex-presidente é alta e apenas 30% rejeitam essa identificação. Além disso, um fator visível entre a população é o descontentamento com as punições aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes aos manifestantes do 8 de janeiro de 2023, vistas como severas e desumanas por parte do eleitorado. Esse contexto amplia a irritação e o desalento com as instituições, recaindo tanto sobre o lulopetismo quanto sobre o bolsonarismo.

Em comum, Lula e Bolsonaro compartilham um comportamento messiânico e egocêntrico, sustentado por algo entre 30% e 45% do eleitorado. Esse índice, no entanto, não basta para vencer uma eleição presidencial. Por isso, o Centrão continua sendo a “joia” disputada por todos os candidatos: um segmento sem rosto definido, mas extremamente poderoso em qualquer eleição nacional. Conclui-se, portanto, que mesmo com até 45% de apoio orgânico, Lula ou Bolsonaro não alcançam maioria suficiente, frente aos 60% que rejeitam ambos. A questão é: como contrapor-se aos devotos desses líderes, se eles monopolizam narrativas amplamente reproduzidas pela mídia?

Marconi ou Wilder Morais?

Se a eleição fosse hoje, a soma dos 22% de intenção de voto do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) com os 10% do senador Wilder Morais (PL) e os 8% da deputada Adriana Accorsi (PT) chegaria a 40%. Contra os 26% de Daniel Vilela (MDB), o cenário levaria a um segundo turno.

Hipoteticamente, Marconi seria o principal adversário de Daniel. Porém, o apoio de Wilder Morais poderia ser decisivo — a chamada “cereja do bolo”. A dúvida é: ele se alinharia a Daniel Vilela ou a Marconi Perillo? O fato é que a disputa ainda está no início, e o “gol” só deve ser marcado no ano que vem, após o primeiro turno.

Bolsonarismo ativo

Se a pesquisa Genial/Quest estiver correta, o senador Wilder Morais leva vantagem em relação a Marconi Perillo e Daniel Vilela, justamente porque a rejeição ao bolsonarismo em Goiás é a mais baixa entre os estados pesquisados.

Exemplo de Rio Verde

O grupo político de Rio Verde, liderado pelo ex-prefeito Paulo do Vale (União Brasil), tem na linha de frente o atual prefeito, Wellington Carrijo, e o deputado estadual Lucas do Vale, ambos do MDB. Eles projetam o município e o modelo de gestão como referência para outras cidades.

“Nosso objetivo é mostrar aos goianos e ao Brasil que é possível fazer melhor quando se pensa nas gerações futuras hoje, e não amanhã”, afirmou Carrijo.

Siga a Aava

O PT de Goiás poderia aprender algumas lições com a vereadora Aava Santiago (PSDB) sobre como defender a gestão do presidente Lula. Enquanto isso, os petistas com mandato seguem repetindo discursos de 40 anos atrás. Essa falta de renovação ajuda a explicar por que o partido não ultrapassa 3% do eleitorado em Goiás.

Lamento de Iporá

Em Iporá, servidores públicos estão em pé de guerra contra a prefeita Maysa Cunha. A insatisfação é motivada pelos constantes atrasos no pagamento dos salários.

“Às vezes paga uma categoria e atrasa outra”, reclamou a presidente do Sindiporá, Denize Pinheiro. Segundo ela, até mesmo os repasses do Fundeb, verba federal destinada à educação, ficam retidos e atrasam os pagamentos dos servidores da área.

Com a palavra, a prefeita.

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