Malabarismo político de Lula para sair do ‘tiroteio’ sobre segurança pública
Pesquisas recentes mostram que a segurança pública está entre as principais prioridades dos brasileiros. A discussão, antes restrita ao Rio de Janeiro e a outras capitais, ganhou amplitude nacional. O episódio da ação policial na capital fluminense acirrou o debate sobre a escalada da criminalidade, colocando o tema na ordem do dia.
A gota d’água foi a “Operação Contenção”, das forças de segurança do Rio, que deixou um saldo de 121 mortos — sendo quatro policiais — e 113 prisões. O resultado trágico reacendeu a disputa entre esquerda e direita em torno da política de segurança.
No lugar do tiroteio real, o combate agora é de narrativas entre defensores dos direitos humanos e o governo fluminense. Essa escaramuça de palavras colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fogo cruzado e exigiu de seu entorno um verdadeiro malabarismo político para evitar danos à imagem do governo.
Ainda não se sabe qual será o impacto desse episódio nas pesquisas, mas, para contrapor-se ao movimento dos governadores de direita que criaram o “Consórcio da Paz”, Lula enviou ao Congresso um projeto de lei que endurece as penas para organizações criminosas.
Para a oposição, trata-se apenas de uma estratégia para ganhar tempo e evitar desgaste político junto à população do Rio. Deputados oposicionistas avaliam que Lula tenta não perder protagonismo diante da PEC da Segurança, prevista para ser votada até o final do ano, conforme o calendário da Câmara.
As próximas pesquisas indicarão se o recuo estratégico do presidente no debate sobre segurança pública foi assertivo ou desastroso. Os aliados mais próximos de Lula sustentam que ele está focado na COP 30 e em fortalecer sua imagem de líder mundial do meio ambiente.
Magela defende Ministério da Segurança
“Todas as pesquisas de opinião realizadas mostram que a segurança pública está entre as três principais preocupações da população. Existem muitas concordâncias no diagnóstico e algumas diferenças nas propostas de solução. Eu penso que o governo do presidente Lula deve criar o Ministério da Segurança Pública como uma das formas de enfrentar o tema.”
A declaração é do ex-deputado federal pelo DF e uma das lideranças históricas do PT, Geraldo Magela, em publicação recente.
Foco na PEC
Magela acredita ser necessário unir esforços para aprovar a PEC da Segurança, mas destaca que é fundamental responder às expectativas da população e avançar na “organização do enfrentamento”. Para isso, defende que a criação do Ministério da Segurança ocorra com urgência.
Fraude em Caldas
De acordo com o portal Tudo OK Notícias, de Brasília, a Justiça analisa uma pilha de documentos que apontam “um possível esquema milionário de fraudes empresariais em Caldas Novas”.
As supostas irregularidades envolvem indícios de desvio de recursos, superfaturamento e conflitos de interesse em um grupo que atua nos setores de turismo, hotelaria, multipropriedade, saúde e construção civil. A conferir.
Armadilha das Bets
As plataformas digitais de apostas viraram mina de ouro para influenciadores, com carros de luxo, aviões, mansões e roupas de grife exibidos nas redes. Mas quem realmente ganha dinheiro são eles — e não os “caçadores de fortunas fáceis”.
Muitos apostadores estão endividados até a raiz do cabelo, enquanto políticos fazem vista grossa para esse novo drama social.
Zeli na área
Especulações em Valparaíso, base eleitoral da deputada estadual Zeli Fritsche (UB), indicam que ela deve deixar o União Brasil e migrar para um partido da base aliada.
Em conversa com a coluna, Zeli afirmou que conversou com o governador Ronaldo Caiado, mas que “esse assunto só deve ser concretizado em abril”.
Ela contou que o diálogo abordou o atual cenário político e a campanha presidencial de Caiado.
“O governador está otimista com o projeto nacional e com a vitória de Daniel Vilela ao governo. Esses foram os assuntos que dominaram nossa conversa”, disse.
Sempre ele
Mais uma vez, o deputado federal e líder do governo Lula na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir investigação sobre a megaoperação no Rio de Janeiro e o afastamento do governador Cláudio Castro (PL).
Lindbergh continua sendo um verdadeiro ‘calo’ no Supremo, que “enche até bolinha de gude”.